segunda-feira, 28 de setembro de 2020

OS COMPLEXOS E OS RELACIONAMENTOS/CANAL LILI ESPAÇO REFLEXÃO.

OS COMPLEXOS E OS RELACIONAMENTOS


Todos já ouvimos falar em complexos, fulano têm complexo de inferioridade, ou de superioridade, complexo egoico, e por aí vai.

Os complexos são idéias e conteúdos aue estão  no inconsciente e são compostos de emoções e afetos formados pelas experiências vivenciadas por uma pessoa, então o complexo ( têm energia) têm um núcleo energético.

Todas as experiências vividas são arquivadas em lugares próprios do inconsciente, como por exemplo o relacionamento com os pais, as perdas, o bullying sofrido e assim por diante.

Os complexos então são os chamados PONTOS FRACOS da pessoa, e por isso o complexo se popularizou como algo negativo para a vida. 

Mas ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, o complexo não é positivo e nem negativo.
Quanto mais forte a emoção, mais forte o complexo.

Os complexos tem uma função importante para a psique, eles contribuem para a criatividade, para ter capacidade para soluções das questões da vida, idéias, criações literárias, artísticas, científicas e etc.

A diferença está no modo como se processa o complexo em nossa emoção, como lidamos com os nossos chamados " pontos fracos".

No caso da experiência de perda por exemplo. Se A experiência se repete muito porque a pessoa sofreu diversas perdas, e a pessoa permite que o complexo a domine,então o campo energético de força é ampliado, e atrairá mais emoção para o local onde este complexo de perda está arquivado.

Desta forma existe a tendência de toda experiência vivenciada pela pessoa ser atraída para este local no inconsciente, onde o complexo de perda, de abandono está arquivado.

Isso significa que a pessoa terá a tendência a ser governada pelo sentimento de perda, abandono e carência afetiva, projetando esses sentimentos em suas relações e prejudicando suas relações pessoais, porque neste caso, as emoções são negativas. 
Logicamente que da mesma forma ocorrerá com outros complexos e sentimentos como o complexo de inferioridade, o Medo, raiva, complexo de superioridade e etc. 

*
No complexo de inferioridade por exemplo, a pessoa sente-se inferior a tudo e a todos. Há neste sentido uma má-canalização energética emocional e a pessoa reage mal e se sente inferiorizada mesmo quando não houve por parte de alguém a intenção de fazê-lo, ou mesmo quando isso não aconteceu. A Mente perturbada pelo complexo é que interpreta mal àquela situação vivida.

Porém mesmo quando houve uma ofensa ou situação estressante, todo indivíduo deveria procurar reagir com calma às situações mais difíceis, porque todos devemos buscar o equilíbrio emocional através da racionalização do acontecimento, procurando reagir melhor e mais positivamente.

Quando isso não acontece é porque a pessoa está se deixando dominar por sua personalidade melindrosa que não sabe lidar com as contrariedades da vida, resultado do orgulho ferido.

Então as reações da pessoa tendem a ocorrer de acordo com o complexo que tem o campo energético maior.

Mas para serem positivos e não negativos, os complexos precisam ser trazidos à tona para a consciência, e ser bem elaborados ao se tornar conscientes, e é preciso imprimir positividade às emoções que eles trazem.

As animosidades e discussões e até as inimizades se iniciam quando alguém atinge o ponto fraco de outrem o contrariando, através de qualquer comentário, críticas e agressões e a pessoa não consegue elaborar positivamente as emoções que essa atitude causou.

*É muito negativo quando não se processa as emoções, através do uso da razão e da positividade, a reação diante de uma situação que toca o COMPLEXO da pessoa se torna explosiva e incoerente e muitas vezes deturpa os acontecimentos. 

Sobre isso, Joanna De Angelis nos esclarece no livro "Auto-descobrimento, capítulo 2:
"... Quando está exaltada, perde a diretriz do comportamento, deturpando quaisquer manifestações de carinho e perturbando o discernimento...".
Daí podem surgir Neuroses, psicoses e estados afetivos anormais por causa da influência negativa dos complexos sobre a consciência.

Por isso, os conteúdos do inconsciente precisam vir à tona através do auto-conhecimento, à fim de trabalha-los de maneira positiva, através da ampliação da consciência sobre a vida e sobre si mesmo. 

Normalmente os traumas promovem esse fechamento da percepção das emoções, (abusos, bullying, abandono, violência na infância, etc). 
Porque os traumas provocam emoções muito fortes no indivíduo que se recusa a trazer à tona e raciocinar sobre essas emoções, lembranças e sentimentos que causam vergonha, medo, estresse, à fim de enfrenta-los devidamente, preferindo buscar às fugas.

Precisamos estar inteiros na vida, prestando atenção nos acontecimentos que nos atinge.

*Carl Jung diz em " O Homem e seus Simbolos":

" Quando reprimidos os conteúdos inconscientes da mente podem irromper de maneira destrutiva sob a forma de emoções negativas."

Todos passam por contrariedades na vida, portanto todos sentem raiva, faz parte do instinto de preservação humano, porque desde o início na era primitiva, ajudavam a proteger a vida.

Então faz parte da natureza humana se contrariar diante de uma ofensa ou crítica, mas não estamos mais na era primitiva, somos chamados seres civilizados, e é dever de todos ter controle sobre as emoções.

Podemos e devemos canalizar de maneira positiva as emoções ruins, como a raiva e o medo.

E PORQUE LIDAMOS MAL COM NOSSOS COMPLEXOS?

Porque será que respondemos tão mal à tudo?
Porque tantas brigas, separações, preconceito, medo, racismo e injustiça?

A emoção é repentina, não passa pelo crivo da razão. A emoção sentida constantemente é que gera os sentimentos e consequentemente os complexos.

Se o indivíduo imprime ideias positivas às emoções, seus sentimentos serão cada vez melhores e mais refinados.

Mas se imprime ideias negativas às emoções como o vitimismo, o desejo de vingança, o medo, os sentimentos serão cada vez piores e negativos, podendo originar raiva e até ódio, dependendo de como a pessoa atingida elabora a emoção sentida.

O ser humano está longe dos sentimentos nobres,  é dominado pelos instintos primitivos, pelas paixões, pelo orgulho e pelo egoísmo de querer tudo de melhor somente para si, de querer ser melhor do que os outros, querendo ter sempre a razão e as vontades atendidas. 

Por isso vemos barbáries na sociedade que chegam a nos revoltar.

Quando nos deixamos levar pelo melindre, orgulho, raiva ,violência e vingança, Devemos compreender que nos falta a moral, a bondade e humildade, por isso as consequências são péssimas, resultando em remorso, culpa, angústia, medo, tristeza e conflitos diversos.

Na verdade, a resposta porque lidamos tão mal com nossos emoções é curta e grossa e um tanto incômoda e desagradável. Trata-se de Deficiência Moral, falta de espiritualização.

SOLUÇÃO PARA MELHOR GERIR OS COMPLEXOS.

*Estamos vendo que as emoções fortes e frequentes relacionadas à determinado complexo o fortalece, e quando o complexo é muito forte, outras experiências também serão atraídas por ele energeticamente, ou seja, o complexo passa a dominar a vida da pessoa e suas emoções.

Para reagimos melhor às situações difíceis de nossas vidas, devemos sair do primitivismo onde prepondera os instintos grosseiros e partir para a razão e emoções mais sublimes, culminando no Amor.

O Ser humano em sua grande maioria, vive porque nasceu, mas não sabe porque vive. 

O objetivo da vida humana, na visão espírita, é nos tornarmos plenos, Seres integrais, trazendo à tona toda nossa potencialidade de pessoas boas, lúcidas, conscientes e amorosas.

A plenitude significa interagir consciente e inconsciente, é o chamado processo de individuação, O Si mesmo, o Self que é a ampliação da consciência, conforme nos ensina Carl Jungui, através de sua psicologia analítica.

Então como fazemos isso?
Como fazer para ampliar nossa consciência e alcançar a plenitude e felicidade?

Precisamos parar, controlando a ansiedade e respirando profundamente, contar até dez, até mil se for preciso, e prestar atenção em nós mesmos, nossas reações e sentimentos, NÃO agir por impulsividade de seres primitivos, brutais, sabendo que isso trará consequências sempre péssimas. 
Mas agir com a razão e emoção de seres conscientes e destinados à luz.

É preciso questionar a si mesmo, sobre as vezes que sentiu raiva, inveja, ciúme, complexo de inferioridade, indiferença, solidão, medo, porque sentiu isso?

Então é preciso verificar quais fatos, pensamentos e emoções causaram esses sentimentos ruins à fim de tirar a força deles, modificando esses pensamentos e emoções à fim de parar de mandar energia para esses complexos negativos os fazendo crescer cada vez mais. 

É preciso ressignificar esses pensamentos e emoções, mudando a maneira de encarar os fatos, impondo positividade nesses fatos e situações que trazem maus sentimentos. 

E para ressignificar os pensamentos e emoções é preciso aprender a contestar eles, barrando-os e substitui--os por novos pensamentos e emoções.

Por exemplo no caso do Complexo de perda e carência afetiva:

É preciso compreender a finalidade da vida que é Eterna. 

Através da compreensão de que não perdemos ninguém porque ninguém morre, iremos verificar que convivemos por determinado tempo com as pessoas neste mundo e depois todos voltaremos para o plano espiritual.

É preciso se conscientizar da verdade da eternidade da vida, onde sempre estaremos perto daqueles que amamos, pois se existe amor e afinidade, todos se reencontrarão na espiritualidade e em outras Encarnações.

Por outro lado, essas separações temporárias são necessárias para que aprendamos a amar outros seres, não apenas aqueles do pequeno círculo que elegemos como nosso, isso é egoísmo de família, de grupo, de amigos. 

É a inteligência Divina nos colocando na situação de busca pela afetividade de outros corações até alcançarmos o Amor Universal.

É preciso expandir a afetividade, Deus quer assim, por isso nos separa temporariamente.

No caso do Complexo de inferioridade: É preciso entender que não é positivo se preocupar tanto com a opinião alheia.

No mais das vezes, mesmo que a pessoa tenha sofrido agressão, bullying, humilhação ou descaso, foi colocada muita força naquele evento por orgulho, melindre e vitimismo e essas emoções reforçaram o complexo.

Olha, se nascemos num Planeta de expiação e provas não foi azar ou porque somos vítimas, temos deveres e somos submetidos à provas para que desenvolvamos qualidades morais.

Na verdade o conflito vêm nos mostrar o que precisamos reformar em nós.

É preciso contestar o orgulho, sabe porque? porque estamos aqui com a missão de progredir e não somos perfeitos e muito menos os outros o são.

Cada pessoa está em sua jornada de vida com as mesmas dificuldades nossas ou muitos piores. Somos pessoas diferentes, com respostas emocionais diferentes, e cada qual em seu momento evolutivo.

Devemos compreender que ninguém agride à toa, quem agride está doente e sofre, têm conflitos não trabalhados, assim como nós temos.
Então precisamos desenvolver a humildade, piedade, paciência com o semelhante.

No mais das vezes, a agressão ocorre imaturidade, ignorância, desequilíbrio, mesmo porque, quem tenta rebaixar o outro tem problemas de auto-afirmação.
Então projeta nos outros seus recalques. Trata-se de projeção psicológica.

Não se deve colocar demasiado peso e importância pra algo que vem de fora de si.

É preciso reforçar o que vem de DENTRO DE SI MESMO, ou seja, a própria personalidade, desenvolvendo o auto-amor, desenvolvendo as qualidades e combatendo vícios, conquistando a tranquilidade da consciência, aprendendo a conquistar a segurança de ser quem se deseja ser. 

Quem se aprecia e é seguro do que é, dá menos importância para a opinião alheia. 

É preciso conhecer os próprios pontos fracos, para poder processar melhor o problema e as emoções, temos potencialidade para isso e dever de fazer isso. 

*A Emoção pode criar laços afetivos profundos, ou distanciar as pessoas.

Devemos compreender que não é preciso agir e reagir com violência para com o outro, é preciso uma análise para identificar qual foi a mensagem, o "ponto de incômodo" que aquela situação nos trouxe e com humildade verificar se houve culpa de nossa parte na situação de desentendimento, se necessário pedir desculpas, à fim de buscar solucionar a questão da melhor forma.

Quando a criatura se conhece e é segura de si mesma, não se ofende facilmente. 

Ninguém aguenta mais tanta maldade, violência e agressividade. Estamos em tempos onde necessitamos de auto-controle e piedade. 

*É preciso desenvolver a disciplina de respirar profundamente quando diante dos desafios e dificuldades da existência, para lembramos que temos um propósito de vida.

A obrigação de todo indivíduo é controlar a si mesmo, e não aos outros.

Não devemos entrar na mesma faixa vibratória de quem é agressor.
Quem se disciplina e consegue agir assim, está a caminho do Eu numinoso a que se referiu Carl Jungui, ao Eu Superior que se refere Joanna De Angelis e à sua porção Divina à que se referiu Jesus, que são a mesma coisa.

Porque é impossível ser feliz sem a conexão com o outro, sem a troca da energia da afetividade, a pessoa murcha, morre em vida.

*Todas as mazelas , injustiças e desigualdades do Mundo são frutos disso, do Egoísmo.

Devemos entender que não nascemos apenas para ter prazeres movidos pelas sensações, temos um propósito muito maior de vida, que é nos transformarmos para melhor, crescermos e evoluirmos moralmente, utilizando dos nossos complexos e conflitos um trampolim para crescimento e evolução.

*Estamos entendendo que a auto análise precisa ser uma constante em nossas vidas. 
Não podemos nos deixar controlar pelas emoções ruins.

Então encerrando nossa reflexão, vamos observar como está nosso emocional agora nessa pandemia? estamos aproveitando a oportunidade dessa situação um tanto difícil para aprendizado? para auto- descoberta? 

Deixo aqui uma pergunta que ficará na consciência de cada um:

Sem pessimismo ou medo, imaginemos:
Se o dia de nossa partida para o além fosse hoje ou amanhã, já que tantos estão desencarnando, o que levaremos de bom em termos de bondade, compaixão e atitudes fraternas em nossa bagagem espiritual?

Não valeria a pena perdoar as falhas alheias enquanto estamos a caminho, não sendo tão exigentes com os outros?

Porque talvez aquela pessoa que você deseje se reconectar no futuro, não a encontre mais.

E a Finalidade da vida é o Amor. 


segunda-feira, 21 de setembro de 2020

LUCIDEZ E SAÚDE NAS RELAÇÕES/CANAL LILI ESPAÇO REFLEXÃO

LUCIDEZ E SAÚDE NAS RELAÇÕES

Todos desejamos ter amor, harmonia e paz nas relações. 

Porém há dualidade em nosso comportamento, porque apesar de todos desejarmos o amor, costumamos carregar nossos conflitos existenciais para as relações, tornando o relacionamento conflituoso também.

E isso acontece porque não nos conhecemos em profundidade.

Temos que aprender a lidar com nossas próprias questões, senão o amor encontra barreiras em seu caminho natural. 

Aquela energia do sentimento fica retida por conta de nossos conflitos emocionais, e esses conflitos se manifestam em nossas relações. 

Joanna de Angelis diz em sua obra, Encontro com a paz e a saúde:
"Quando os conflitos interiores não se encontram solucionados e a imaturidade predomina no comportamento psicológico do ser, a sua afetividade é instável, perturbada, exigente, nunca se completando".

Enquanto não solucionarmos os nossos conflitos, não seremos bem sucedidos nas relações. Porque projetamos no outro os nossos conflitos internos. 

Precisamos encontrar as raízes onde esses conflitos se estabelecem.

O amor está presente na alma de todo ser humano em estado latente, mas muitas vezes não encontra condições psicológicas plenas para se estabelecer.

Precisamos encontrar a nossa própria essência verdadeira, identificar os conflitos existentes em nossa alma para poder parar de culpar sempre o outro pela dificuldade na relação.

É muito comum as pessoas falarem que têm problemas na relação porque o outro é muito difícil não é?

Mas a causa dos conflitos nos relacionamentos em geral e particularmente na área afetiva, é a imaturidade psicológica da pessoa.

Normalmente cobramos dos outros atitudes que ainda não temos e isso vai ampliando as bases do conflito, e isso ocorre porque quando não conhecemos, e muito menos resolvemos nossos conflitos internos, tendemos a transferir para o outro esses conflitos.

Enorme parte dos conflitos emocionais que temos na alma, procedem de nossa infância. Por traumas, abusos, bullying, medos, vergonhas sofridos quando crianças.  

Sobre isso Joanna De Ângelo nos esclarece  novamente dizendo:
" Inevitavelmente porém, passam a fazer parte das reflexões, em todas as pessoas, os conflitos do lar que cada um procede, as experiências infantis menos felizes, as imposições injustas a que foram submetidos, produzindo- lhes sensações de desamparo e de desconforto..."

Por Exemplo, uma pessoa que é insegura e muito desconfiada nas relações, isso é sinal de que essa insegurança pode ter sido estabelecida na infância, por uma educação que gerou instabilidade, medo, desamparo, como criança criada por pais alcoólatras ou drogados por exemplo, ou seja, os traumas são trazidos para a relação.

Neste caso, não é feita uma releitura na atualidade da vida adulta, daquilo que se passou na infância, gerando baixa auto estima no ser que acaba por não se achar passível de ser amado. 

Existem quatro passos recomendados para se alcançar lucidez e saúde nas relações: 
  
1° Passo: Aceitação e identificação do conflito;
2° Passo: Releitura do sentimento conflituoso; 
3°Passo: Respeitar o Eu interno; 
4°Passo: Ter equilíbrio na relação, não ser excessivamente introvertido nem extrovertido na relação.

O primeiro passo é se aceitar como é, admitir que existe um conflito de alma que atrapalha nas relações.

O Segundo passo: deve-se começar a fazer uma releitura dos fatos ocorridos no passado que trouxeram dor, insegurança, tristeza, vergonha, medo e assim por diante. É preciso relembrar sim destes fatos, trazê-los à tona, mas de uma forma mais inteligente, mais coerente. 

Devemos perceber que estes fatos geraram estes sentimentos negativos como experiências que vivenciamos, mas que passaram. 

 Devemos entender que éramos crianças mas hoje como adultos, precisamos ter maturidade e inteligência emocional para perceber que nossos pais fizeram o que tinham condições de fazer naquele momento de suas vidas. Porque assim como nós, eles também tinham seus conflitos, sofrimentos e dilemas existenciais.

É preciso ter a compreensão de que todos estamos a caminho da evolução, todos estamos em aprendizagem aqui neste Mundo.

À partir destas compreensões, é possível 
ir transformando esse clima de desamor para um clima de amoromosidade.

O terceiro passo: É preciso respeitar o Eu interno, siginifica que não devemos dizer sempre sim para as pessoas para agrada-las, ou para poder conviver com alguém ou na sociedade. 

Devemos consultar nosso interior primeiro, não podemos nos distanciar de nossa alma, para não perder a conexão conosco mesmo. 

O psicoterapeuta John Welwood diz o seguinte sobre isso:
"Quando não nos sentimos seguros no amor, caímos nas garras do medo. "

Teremos medo sim vez ou outra, mas quanto mais vamos nos preenchendo de fé, afetividade, e de atitudes coerentes e compatíveis com quem nós somos e com o que almejamos na vida, vamos caminhando com o medo, mas vamos fazendo nossas escolhas conforme nossa alma dita. 

Quanto mais vamos nos conhecemos, quanto mais vamos nos libertando dos traumas e sofrimentos do passado, mais somos capazes de vivenciar o amor. 

O quarto passo: o que é ter equilíbrio na relação? Nem ser muito introvertido e nem muito extrovertido. Tanto o excesso de introversão como de extroversão na relação  são negativos.

Quando a pessoa é muito introvertida e se fecha é muito negativo. É imprescindível na relação, falar sobre os anseios, receios, tristezas....para que a outra pessoa possa entende-lo, caso contrário nenhum relacionamento sobreviverá.

É importante o aprendizado de falar, o silêncio na relação faz com o outro se sinta negado na sua identidade, no seu valor, posto de lado.
O silêncio na acaba com relação. 

É preciso sempre chamar o outro para o diálogo calmo e tranquilo, porque senão viram dois estranhos morando na mesma casa. 

Muitos estão brigando agora na pandemia porque não tinham um relacionamento propriamente dito, tem se constatado muito individualismo, um anulando o outro, e agora com a maior convivência muitos casais têm percebido isto.

A extroversão exagerada por outro lado, torna a pessoa superficial, e o indivíduo não consegue domar seus próprios impulsos, se tornando explosivo muitas vezes.

Pessoas exageradamente extrovertidas Têm também necessidade de poder, de se sentir superior, de dominar a relação.

Muitas queixas na relação causadas como resultado de pequenas insatisfações que fazem parte do cotidiano, empurram para a saturação da relação, que podem levar a separação. 

Antes o melhor é o equilíbrio, mantendo o diálogo Franco como comentamos, falando quando se sente triste, desconsiderado.

A emoção guardada vai se transformando em mágoa e vai corroendo por dentro.

E a pessoa se torna queixosa, perde o prazer na convivência com outro.

O amor e mágoa parecem sempre andar de mãos dadas, não importa quanto se ame alguém, raramente uma pessoa passa por cima do seu medo; mágoa e desconfiança.

É preciso se questionar como você está lidando com sua mágoa? 

Muita vezes pessoas que se amam, por causa de suas inseguranças, deixam acabar a relação, por conta das barreiras dentro de si que não foram transpostas.

Carl Jung diz sobre isso que:
"Onde tem a vontade do poder, não predomina o amor". 

Então quem quer ser obedecido não busca uma convivência harmônica, porque descarrega no outro os seus conflitos, de maneira a sentir-se superior em vista dos valores internos que gostaria de ter mas não possui.

Joanna de Angelis novamente nos esclarece sobre isto dizendo o seguinte:
"...Ninguém deve se anular e ceder sempre, porque ninguém nasceu para a submissão, a pessoa que sempre cede mostrando uma falsa bondade, na verdade tem uma covardia moral que o aturde, o medo de perder a convivência com outro, a insegurança, tornando se desajustado e infeliz...". 

Devemos obedecer nossa alma em primeiro lugar.

Encerrando nossa reflexão, duas pessoas devem na convivência, caminhar na construção da própria individualidade. 

Ambos devem reconhecer o próprio valor em primeiro lugar, auto amar-se, auto admirar-se.

Temos que aprender a nos relacionar, através do diálogo.

Quando uma da partes têm necessidade de estar sempre acima do outro, também não cresce. 
É preciso olhar para o outro, ouvir a opinião do outro sempre, para poder crescer.

Nós devemos caminhar com o outro e não pelo outro.

Cada um tem sua missão na vida, independente da relação, cada um deve viver sua missão, não se deve usar a relação como fuga da própria missão.

Devemos seguir inteiros, ainda que dentro de uma relação.

Precisamos pacificar nossos conflitos, para poder ir inteiro pra uma relação. 

Para ter um relacionamento pleno e saudável com outro pessoa, primeiramente é preciso que se esteja pleno e saudável consigo mesmo. 

Você se vê como uma pessoa adequada, interessante e boa o suficiente, você se aceita como é?
Quando nos aceitamos também aceitamos o outro.

OS BONS RELACIONAMENTOS SÃO FORMADOS NÃO POR DUAS METADES, MAS POR DUAS PESSOAS INTEIRAS EMOCIONALMENTE.
SE CURE DE SEUS CONFLITOS PARA NÃO PROJETAR PARA O OUTRO SUAS EXIGÊNCIAS, CARÊNCIAS E CRÍTICAS.
PERMITA AOS OUTROS SER COMO SÃO, E SEJA VOCÊ, CADA VEZ MELHOR.
Muita paz e até a próxima.






terça-feira, 15 de setembro de 2020

AUTO- ESTIMA E RESSIGNIFICAÇÃO DO SER./CANAL LILI ESPAÇO REFLEXÃO.


                                         AUTO ESTIMA E RESSIGNIFICAÇÃO DO SER

Já falamos em reflexões anteriores sobre a importância do auto-conhecimento e desenvolvimento da auto-estima como preciosos instrumentos para a obtenção de saúde emocional e satisfação pessoal de todos os indivíduos.

Possuir auto-estima passa bem longe da ideia de ser uma pessoa  vaidosa ou de cultivar o egoísmo, mas se trata sobretudo de desenvolver uma auto-defesa inclusive espiritual, e porque isso? Porque  os espíritos infelizes buscam a vulnerabilidade do ser para suas finalidades perturbadoras.

Esse processo emocional da baixa auto-estima, nasce na primeira  infância. Dizem os especialistas na área do estudo da psique humana, cuja afirmação também corresponde à  visão  espírita, que a reencarnação se concretiza aos sete anos de idade e que a vida adulta corresponde à um somatório de percepções e experiências de como a criança leu  aquela experiência  na sua vida.

É necessário ter cuidado com  o que se permite uma criança ouvir e presenciar. 

A saúde emocional do indivíduo depende muito das experiências vividas na infância e como isso foi processado e absorvido pela criança.

Porque certas coisas passadas na infância como bullying, violências, humilhações ou agresssões paternas físicas ou verbais, são trazidas para a  fase adulta.

Por outro lado, sabemos que é o  possível trabalhar a melhora da saúde emocional ressignificando às questões que envolvem o conceito que a criatura tem dela mesma. 

É preciso reescrever essa história de vida, e para isso todos devem saber que são responsáveis pela própria vida em qualquer nível, porque o "coitadismo" de quem assume o papel de vítima, impede o indivíduo de crescer porque sempre estará transferindo para os outros a responsabilidade de sua própria vida, culpando sempre alguém pelos seus sofrimentos e mazelas, quando na verdade, absolutamente tudo que acontece na vida de uma pessoa são causadas por ela mesma, Pois o que não causamos nesta vida, causamos sem dúvida nenhuma, em vidas passadas, isso é fato. Portanto não existem vítimas. Tudo na vida é causa e consequência. A vida é  ressonância.

Todos nascem no local, família, corpo e condições exatas e necessárias para sua experiência nesta vida e para sua evolução espiritual e pessoal. Portanto, não há vítimas, é necessário fazer o melhor possível com as condições que possui, pois para isso todos reencarnam, para o aprendizado e evolução.

Não é possível compreender por exemplo os porquês de relacionamentos difíceis entre pais e filhos, a atitude ruim de alguns pais para com os filhos, a animosidade ou abandono, sem volvermos à vidas passadas.

Porque no mais das vezes, esses relacionamentos difíceis são frutos de experiências em vidas passadas que precisam ser reparadas, por erros cometidos e inimizades criadas, gerando compromissos que precisam ser assumidos e resolvidos, e fugir disso significa apenas adiar um problema.

A atitude de negação faz com que departamentos seletivos da mente humana bloqueiem automaticamente muitas das ações desagradáveis que são transferidas para o inconsciente mesmo antes de analisadas devidamente, daí surgem os mecanismos de transferência de responsabilidade, e transferência psicológica. Por isso costuma-se culpar os outros pelos sofrimentos e dificuldades que se experimenta na vida.

É normal que ocorram algumas fugas psicológicas no dia a dia da existência humana, de forma a consciência apagar momentaneamente certas informações  ruins recebidas pela mídia, noticiários  e conversas muitas vezes nada edificantes, e partir para comportamentos mais saudáveis, isso é normal.

Mas criar o hábito de sempre fugir de responsabilidades e deveres que parecem insuportáveis, o hábito de culpar os outros, conduz a pessoa a uma falsa comodidade de uma atitude leviana e infantil, porque todos os seres humanos existem para realizar alguma coisa, nascemos para reparar erros do passado e para o crescimento interior, porque estamos todos submetidos à maior Lei de Deus que é a Lei do Progresso e do Amor.

Essa imaturidade emocional faz com que se perca o interesse pela real finalidade da vida, porém ignorar a responsabilidade com a própria vida, não exime ninguém de ter que assumir a própria existência, ao contrário, apenas transfere esse enfrentamento, causando mais sofrimento e conflitos.

A baixa auto-estima acontece quando a própria pessoa, tendo em vista o hábito de evitar esforços na vida, passa a se sentir incapaz.

Neste aspecto, Joanna De Ângelis nos esclarece em sua obra Conflitos Existenciais:
"...Do ponto de vista psicológico, o próprio indivíduo perde a auto-estima e considera-se incapacitado para quaisquer realizações que lhe exijam esforço, acostumado conforme se encontra, a desistir diante de qualquer mobilização de forças físicas, morais ou intelectuais, frustrando-se permanentemente e gerando em si complexo de inferioridade e carência afetiva, acreditando não ser amado, acumulando mágoas e dissabores injustificáveis...".

Porém a ressignificação é posssível, e deve ser realizada como recurso libertador, mas tem que partir da pessoa, a vontade de mudar e de não assumir o papel de vítima.

No entanto, não é preciso se culpar, é preciso sim,  desenvolver a auto-suficiência de quem toma para si a direção e responsabilidade da própria vida, e procurar reconstruir pensamentos e lembranças do passado de uma forma madura, inteligente, compreendendo que hoje não é mais aquela criança que precisa de colo, mas um ser adulto e bem diferente do que foi na infância.

               TERAPIA LIBERTADORA                                                       

Primeiramente, como em todos os casos de conflitos da emoção, é necessário o reconhecimento do problema em si mesmo, a negação impede a solução do conflito.

Em segundo lugar, é preciso se conscientizar do próprio posicionamento na vida, para evitar, como comentamos anteriormente, o vitimismo.

É preciso  perdoar a si mesmo e aos outros que porventura tenham agido mal com você no passado, compreendendo que todos estão sujeitos à erros e todos têm defeitos, porque o ser humano está em construção ainda,  todos  estão  na Terra para aprendizado e evolução. 

Então  é imprenscindível o reconhecimento da função reparadora da existência do ser humano no Mundo, definitivamente é preciso aceitar que todos estão aqui para se refazer de erros de vidas passadas e para o progresso individual. 

Em terceiro lugar, é preciso reescrever, ressignificar a própria história de vida, e para isso é necessário a auto-análise e alguns questionamentos são importantes, partindo  do princípio que auto estima está  ligada a
somatória de como o indivíduo  se percebe, como se vê, como se sente e  mais como se mostra para os outros.

A fim de se trabalhar essas questões é necessário que se faça algumas perguntas individuais e que devem ser respondidas com bastante sinceridade e objetividade: Qual conceito você tem sobre você mesmo? Como você acha que você  é? Você se acha uma boa pessoa? Você se acha alguém justo? Honesto, interessante ? E veja se há verdade  em sua auto análise.

Depois se pergunte: qual a percepção que as pessoas têm de você? e diante disso, você gosta da forma como as outras pessoas lhe percebem?
  
Depois se pergunte qual a imagem que você quer passar para os outros, de vítima ou de auto-suficiente total que não precisa de ninguém?

Será que o melhor não seria  ter o meio termo, desenvolver a auto-suficiência de quem toma para si a direção e responsabilidade da própria vida, mas sem dispensar o concurso saudável e feliz do relacionamento com as pessoas, imprescindível para a saúde emocional e felicidade?

Analise se você dá muita importância para o que os outros pensam sobre você. Se isso chega a lhe perturbar, é porquê  há um desequilíbrio entre o que você é, o que você passa que é,  e o que  as pessoas percebem de você.

Quando a pessoa não está nela, naquilo que de fato ela é, a vida vira uma confusão e a pessoa nem consegue passar para os outros aquilo que deseja, que precisa. 

Muitas vezes as pessoas  interpretam mal aquilo que o indivíduo  diz e isso muitas das vezes ocorre porque a pessoa não está nela, na dimensão precisa do que de fato ela é. Isso é muito sério. 

É  preciso intensificar, afirmar o que somos, daí tudo se torna mais perceptível. Não se deve nunca se permitir influenciar por padrões sociais, família, religião,  etc.
 
Não se pode se submeter à certas coisas que não são boas para si mesmo, à fim de agradar as pessoas e obter aceitação alheia.

É preciso trabalhar incessantemente para romper com as barreiras dos sentimentos ruins sentidos no passado, reescrevendo a história da vida de uma maneira mais branda, alegre e positiva, procurando desenvolver e reconhecer os dons e qualidades que possui, sendo uma pessoa agradável, solidária, apreciando-se e respeitando-se, tendo a certeza de que as demais pessoas irão reconhecer também os seus valores, porque as pessoas tendem a se aproximar e desenvolver amizade por aqueles que se mostram alegres, empáticos e que são participativos e solidários.

No entanto, relativamente às características pessoais, todos devem ser quem são, independente das reações alheias, e para isso é necessário a auto-percepção que só pode ser alcançada através do auto-conhecimento.

Por isso é preciso descobrir o que incomoda, judia e dessa forma trabalhar para mudar, ressignificar esses sentimentos, à fim de ser o que quer ser,  e isso significa dizer que a pessoa passará a relembrar fatos ocorridos no passado e que lhe causaram dor, angústia, medo, vergonha, tristeza e outros sentimentos Ruins, vendo e sentindo àqueles fatos de maneira mais inteligente e sem tanto valor, uma vez que o que realmente importa é a pessoa que se tornou hoje, por isso que é  importante desenvolver 
serenidade, coragem e força de vontade para os enfrentamentos dos desafios da existência, bem como de valores ético-morais e espirituais e todas as capacidades que individualmente possui, à fim de que se auto-reconheça como uma pessoa valorosa que se ama e  aprecia.

Então é preciso ter lucidez para com a vida e assumir a responsabilidade pelos acontecimentos da existência, trazendo para si a tarefa de auto-transformação.

E em quarto lugar, para ressignificar a própria histótia de vida, é imprescindível desenvolver uma vontade forte e inabalável, de desejo de mudança e melhora, reunindo força, coragem e predisposição para criar novos hábitos de vida, através de pequenos exercícios de afirmação da personalidade
e do autodescobrimento dos valores adormecidos que todos temos, valores de bondade, solidariedade, auto-suficiência, compaixão e outros.

Porque a repetição se torna hábito, e isso é uma terapia maravilhosa porque incentiva cada vez mais à novas descobertas que felicitam, diluindo pouco a pouco o complexo de inferioridade e a culpa perturbadora que vem de vidas anteriores, e a autoconfiança se estabelece.

Spinoza afirmou no seu  tratado sobre a Ética, que a emoção que é sofrimento deixa de sê-lo no momento em que dela formarmos uma idéia clara e nítida.

Portanto é preciso compreender que as situações vivenciadas na fase infantil ocorreram mas  as emoções trazidas para a fase adulta precisam ser digeridas e modificadas através de uma ressignificação madura e consciente, de quem compreende que tudo que vivenciou foram lições necessárias que servem  para o adiantamento e evolução espiritual.

#A necessidade de enfrentamento faz parte da existência humana, à fim de não interromper o processo de crescimento interior e espiritual, dando lugar à transtornos de comportamento que afligem e infelicitam o ser humano.

Geralmente o auto-amor leva a pessoa a se cuidar, ser sempre alegre, gentil e grata, e além de atrair as pessoas, atrai também o concurso dos bons espíritos, que estando perto ajudam influenciando ao bem e fortalecendo a pessoa em seus propósitos de libertação.

 O que é altamente recomendável a todos: Trabalhar cuidando de si, de seus hábitos, à fim de se amar e se transformar na pessoa que deseja ser.

Encerro a reflexão com uma fala do espírito  Joanna  De Ângelis que diz o seguinte:
 "...a prática das boas ações oferece encorajamento para melhores realizações nos relacionamentos, sempre quando alguém se predispõe a auxiliar, experimenta forte empatia que resulta em contínuas descargas de hormônios do humor que estimulam cada vez mais à novas realizações boas assim como bloqueia os temores infundados...". 

#Ainda diz que "... quando surge essa disposição real para superar as fugas psicológicas, desenvolvem-se os bons sentimentos íntimos, proporcionando bem-estar e alegria de viver...", "...a culpa transforma-se  em auto-perdão, o medo torna-se estímulo para o avanço e melhora e as incertezas transformam-se em convicções em torno da própria vitória: a saúde integral..."

Então é  importante viver bem com todas as criaturas, ter respeito por todos, porém sabendo dosar a forma e intensidade da convivência, bem como sabendo filtrar as influências dos outros, à fim de não se deixar contaminar pelos gostos, opiniões, problemas e desequilíbrios alheios.

Então vamos trabalhar para  transformar nossas vidas num palco de alegria, auto-amor e contentamento de ser e existir.

Paz e luz.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

PANDEMIA E DEPRESSÃO./LILI ESPAÇO REFLEXÃO.

                                                          PANDEMIA E DEPRESSÃO


A maioria das pessoas já devem ter ouvido falar que a causa da depressão é a não aceitação da vida como  ela é.

Ou seja,  quando a pessoa perceber que têm dificuldade em lidar com as contrariedades da vida e das pessoas, a ponto da não aceitação disso, onde isso lhe causa perturbação, dificuldade nos relacionamentos, tristeza, mágoa e sofrimento profundo, é preciso rever valores e mudar atitudes porque pode ser sinal da depressão se instalando na alma. 

Aquela frase bem conhecida,  " se você tem apenas um limão,  faça dele uma limonada", é muito correto,  pois quando a situação.de vida se apresenta a nós de uma forma não muito satisfatória,  devemos procurar fazer o melhor para melhorar isso,  e na impossibilidade de melhora ou resolução, aceitar a situação imposta, compreendo a necessidade desta imposição para a evolução própria.

Estamos vivendo situações de dualidade comportamental nesta pandemia.

Temos tomado conhecimento, do aumento considerável de ações solidárias e de compaixão pelo semelhante, é isso é maravilhoso não é?

Por outro lado, vemos também atitudes de pessoas revoltadas, rebeldes e outras tantas apresentando transtornos psíquicos, como a depressão, tristeza, ansiedade e por aí vai.

São atitudes totalmente opostas diante de uma mesma situação.

E teria alguma ligação entre esses dois tipos de comportamento? 

Pode a grosso modo parecer que nada tem a ver, que são apenas reações diferentes que dependem da personalidade de cada pessoa, e não deixa de ser, mas não é apenas isso. Podemos dizer que uma situação é consequência da outra.

Tanto a negação que gera rebeldia, quanto os transtornos psíquicos como a depressão, tem estreita ligação com a FALTA de atitudes solidárias e fraternas.

Para esclarecer melhor o assunto, eu trouxe um trecho do Livro: " Reforma Íntima sem Martírio", ditado pelo Espírito Ermance Dufaux, onde ela afirma que :
" o Egoísmo corresponde ao hábito milenar do indivíduo de ter os seus caprichos atendidos, que contrariados surgem em forma de transtornos psíquicos como a depressão, que são formas de insatisfação crônica com a vida, por esta não ser exatamente como se deseja, mas como a pessoa necessita para sua transformação.

Quando a autora diz hábito milenar, logicamente se refere ao hábito desenvolvido desde vidas passadas até a presente existência, onde de alguma forma,  o indivíduo tinha seus desejos atendidos a qualquer custo, sabe lá Deus como, gerando uma incapacidade de lidar com frustrações que perpetua para outras existências. 

Daí se identifica o aprendizado de que cada pessoa nasce no corpo, local, família e condições ideias para seu aprendizado e evolução, é isso deve ser visto e aceito de uma forma natural para que não resulte em insatisfação de vida e depressão.

Os conflitos de alma tendem a conduzir a pessoa à reflexão sobre a necessidade de mudança, em busca de uma postura ajustada às Leis Naturais da vida, e é desta forma que devem ser vistos e tratados. 

Então vemos que todos os conflitos de alma estão diretamente ligados aos defeitos de personalidade, tendo no topo da causa de todos os males, o Egoísmo.

Não vamos aqui ter a pretensão de racionalizar o problema do transtorno depressivo, tentando apontar culpados, mas sim apresentar uma compreensão da questão da depressão para facilitar  a libertação desse conflito.

Essa alegação não tem caráter apenas espiritual mas científico, porque a ciência tem cada vez mais caminhado lado a lado com a espiritualidade, admitindo inclusive, que fazer o bem faz bem ao corpo e à emoção.
A ciência alega que a euforia sentida após um ato generoso, envolve sensações físicas que liberam endorfinas e outras substâncias naturais do corpo que diminuem dores e combatem a depressão.
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Allan Luks, é autor de um livro chamado: "O poder curativo de fazer o bem: os benefícios espirituais e a saúde em ajudar os outros", e ele entrevistou mais de 3.000 voluntários para entender o bem de ser solidário para a saúde física, mental e emocional.

O autor reuniu diversos estudos sobre os benefícios proporcionados pelo altruísmo do trabalho voluntário. 
Ele identificou uma clara relação de causa e efeito entre ajudar os outros e ter boa saúde. 
Essas pesquisas concluíram que os participantes tiveram um aumento da sensação de bem-estar após realizar ações filantrópicas. E, consequentemente, apresentaram uma redução em seus níveis de estresse e maior equilíbrio emocional.

As pessoas descreveram que após uma ação generosa experimentaram sensações de calor no peito, energia renovada e sentimento de euforia, seguida por uma calma profunda.

Para além disso, o resultado mais curioso da pesquisa foi o relato dos entrevistados de que, após iniciar trabalhos voluntários, tiveram uma melhora e até desaparecimento de problemas como insônia, úlceras, dores de cabeça e nas costas, depressão, gripes e resfriados.

Foram muitas pessoas que participaram desta pesquisa, mais de 3.000 pessoas.
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Partindo do pressuposto de que o sentimento contrário ao de solidariedade e compaixão é o Egoísmo,  nós vamos ver a seguir, que o Egoísmo é a causa principal dos transtornos psíquicos, inclusive a depressão, cujo antídoto é a prática do bem.

Ainda no livro "Reforma Íntima sem Martírio", a benfeitora faz essa referência dizendo o seguinte sobre a depressão:
"...é o resultado mais torturante da longa trajetória no egoísmo, porque o núcleo desse transtorno se chama desapontamento ou contrariedade, isto é, a incapacidade de viver e conviver com a frustração de não poder ser como se quer e ter de aceitar a vida como ela é, e não como gostaria que fosse...."

Ela se refere à depressão, como sendo os caprichos pessoais do Ego que não foram atendidos.

É claro que alguns casos de depressão, que são classificados pela ciência de depressões secundárias, são disparados por um fator causal, ou seja, têm uma causa aparente, que atualmente pode ser a pandemia e os medos causados por ela. Porém tende a se resolver com mais facilidade quando o fator causal desaparece.

No entanto, muitos casos de depressão, que já ocorriam em cada vez número maior de pessoas, antes mesmo da pandemia, são as chamadas depressões primárias, ou seja, que independem de uma causa aparente para ocorrer. 

E a causa não é aparente porque se encontra no inconsciente profundo da pessoa que não percebe racionalmente essas causas, porque o inconsciente não se comunica com o consciente.

Essas causas no mais das vezes são muito antigas, de vidas passadas, e são os erros e desrespeitos às Leis de Deus, às Leis Naturais, e esse conteúdo psicológico tende a vir à tona e disparar em forma de culpa e medo, depressão, desânimo, ansiedade, tristeza, e conflitos diversos.

Já falamos em reflexões anteriores que estamos todos submetidos à Lei do progresso, que assim como todas as Leis Naturais, estão escritas, impressas, na alma de todos e quando a pessoa age contrariamente às essas Leis, se estabelece o conflito emocional trazendo sofrimento e exigindo reparo e mudança de atitudes para a resolução do problema.

 A depressão é uma tristeza de alma, uma desilusão, sentimento de inferioridade e desvalor pessoal, por perceber em si mesmo, atitudes contrárias às Leis de Deus, é também por não ser a vida como gostaria que fosse.

Seria a luta íntima entre o bem e o mal, 
entre o Egoísmo e o Amor.

Muitos de nós nos dizemos cristãos não é?  Jesus, disse que tudo que fizéssemos à uma pessoa, à Ele estaríamos fazendo. E isso se refere somente às coisas boas mas as ruins também não é?

Bem, vamos nos questionar agora sobre algo meio incômodo mas necessário, quantas vezes a dor de alguém nos atingiu a ponto de tomarmos alguma atitude realmente em favor do semelhante?
Porque não adianta falar que tem pena, que sente muito, ou ficar reclamando pelas coisas erradas no Brasil e no Mundo e não fazer nada. 

Quantas vezes vemos alguém em situação aflitiva e preferimos fingir não ver para não ter que fazer nada?

Devemos entender que aliviar a dor de alguém não siginifica resolver o problema desta pessoa, mas fazer qualquer gesto que venha a trazer algum alento, apoio, esperança, ainda que seja uma palavra de incentivo, ou a presença amiga, que no mais das vezes é o que a pessoa precisa no momento do sofrimento. 

Essa situação de pandemia que vivenciamos, nos chama a domar o nosso Ego, a combater os caprichos pessoais em favor do semelhante.

Sabemos que é necessário passar pelo que estamos passando. 

É como se estivesse soando para nós, seres humanos, o instante Divino para a reparação do mal que há em nós.

Essas atitudes que estamos vendo, de pessoas que despertam para uma vida mais solidária, de preocupação com o semelhante, com o todo, pode significar a Vitória íntima do bem contra o mal.

Procuremos afastar de nós o orgulho e a rebeldia de achar que a vida não é como desejamos, e procuremos fazer o melhor com as condições existenciais que temos. 

Ao invés da revolta e inconformismo, tomemos novos posicionamentos de vida, na certeza se que para isso viemos ao mundo, para que eduquemos nossas potencialidades adormecidas. 

Quem se mostra indiferente à dor alheia está doente da alma e precisa se curar.

Não podemos ainda ser como os grandes missionários que passaram pela Terra, mas podemos e devemos imitar os bons exemplos que temos, de pessoas voltadas para o bem e Amor ao próximo.

Fazer o bem sem olhar a quem não precisa estar relacionado com uma religião ou filosofia. Ajudar uns aos outros é condição primária e essencial para a vida. 
Precisamos nos reconectar com esse sentimento de comunidade, de doação, de cuidado com todas as pessoas, não só com quem conhecemos.

Então finalizando nossa reflexão, 
Acreditemos que muitas vezes sacrificar algum tempo ou interesse pessoal em favor de alguém, pode ser a cura para muitos conflitos de alma que carregamos em nossas vidas, como a depressão, o vazio existencial, a tristeza.

Não podemos fazer tudo por todos, mas sempre podemos fazer algo por alguém.
E para isso basta começar, fazer o bem pelo bem, depois dos primeiros passos, os efeitos benéficos no corpo e na alma já serão sentidos, trazendo sensação de ânimo, paz e alegria. 

Sejamos mais humildes, aceitando as falhas dos outros e ajudando o quanto pudermos, porque ainda temos falhas também, mas vamos caminhar juntos, nos apoiando, ninguém largando a não de ninguém.

Cientificamente já está provado que fazer o bem produz naturalmente substâncias como Endorfina que combate as dores, também 
hormônios do humor como a Adrenalina e noradrenalina que combatem a depressão, e quando sentirmos afeto pelas pessoas, o corpo produz o hormônio chamado Ocitocina, chamado como hormônio do Amor, e que produz sensação de alegria.

Sejamos agentes do bem, contribuindo para transformar a Terra em um Mundo melhor, amando e sendo solidários e assim seremos felizes e saudáveis. 

Paz e Luz a todos. 

☀️🌼🌻🦋🦋☕


sexta-feira, 4 de setembro de 2020

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA E EXPANSÃO CONSCIENCIAL./LILI ESPAÇO REFLEXÃO.


                         TRANSIÇÃO PLANETÁRIA E EXPANSÃO CONSCIENCIAL

CHEGAMOS AO ÁPICE DO MOMENTO DA TRANSIÇÃO PLANETÁRIA, ONDE O PLANETA TERRA EVOLUI NAS ESCALAS DOS MUNDOS.

SAINDO DA CONDIÇÃO DE PLANETA DE EXPIAÇÃO E PROVAS E ENTRANDO PARA A CONDIÇÃO DE PLANETA DE REGENERAÇÃO, ONDE O BEM PREPONDERA SOBRE O MAL.

NÓS, SERES HUMANOS NECESSITAMOS EXPANDIR NOSSA CONSCIÊNCIA À FIM DE ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DO PLANETA.

SOMOS MUITO MAIS DO QUE OS 5% QUE UTILIZAMOS DE NOSSA MENTE.
COMO JESUS DISSE, SOMOS DEUSES, PORQUE TEMOS PARTE DE DEUS DENTRO DE NÓS.

É PRECISO EXPANDIR A CONSCIÊNCIA, E ISSO SIGNIFICA ABANDONAR A MESQUINHARIA DA CRENÇA NA FORÇA DA MATÉRIA, DO EGOÍSMO E DA MORTE, PARA ABRAÇAR A CRENÇA NA FORÇA DO AMOR, DA COMPAIXÃO E DA VIDA ETERNA.

A EXPANSÃO CONSCIENCIAL E A EVOLUÇÃO COMEÇAM COM A MUDANÇA DE PENSAMENTOS.

SUBSTITUA PENSAMENTOS NEGATIVOS E EGOÍSTAS POR PENSAMENTOS BONS, ALEGRES E SOLIDÁRIOS E VERÁ SUA TRANSFORMAÇÃO EM UMA UMA NOVA PESSOA, PLENA, BONDOSA E FELIZ.