quarta-feira, 20 de maio de 2015

MEDO- CAUSA E CONSEQUÊNCIAS

                     

                     MEDO - CAUSA E CONSEQUÊNCIAS- TERAPIA LIBERTADORA

Em reflexão anterior, analisamos a Culpa e todo seu processo na psique humana. Nessa oportunidade iremos refletir sobre o Medo que é a consequência mais frequente e direta do sentimento de culpa, bem como sua causa, consequências e terapia para a libertação desse mal.


Por um estágio longo de vida, o ser humano não possue elevado nível de consciência cósmica,  visto ser portador de níveis de consciência primitivos que não lhe permitem o uso da razão durante a fase inicial de existência e primeiras reencarnações.  Dessa forma, muitos erros, equívocos, crimes e desatinos são cometidos por todo indivíduo sem exceção por fazer parte do ciclo evolutivo de toda criatura onde uns se demoram mais e outros menos dependendo da individualidade de cada ser.


A brutalidade e ignorância  que são as características do ser de consciência primitiva que não faz uso da razão e que tem pouca evolução moral e espiritual, não permitem distinguir os atos em sua clareza e totalidade, portanto a culpa ainda não está instalada no indivíduo, porém com o advento do uso da razão e necessidade de melhora moral e espiritual, os equívocos cometidos vão sendo detectados e o discernimento em face do despertar da consciência, ressurgem dos arquivos do inconsciente e aparecem na personalidade do indivíduo como imposição de reparo dos erros em forma de culpa.

Com o passar dos tempos, a necessidade de evolução que a todos atinge visto que para isso o ser humano foi criado por Deus, faz com que o indivíduo anseie por melhorar e pelo despertar da consciência e necessidade de aquisição da bondade e da paz, tendências já adormecidas no inconsciente humano. Dessa forma inicia-se o processo de instalação da culpa pelo cometimento de  erros bem como o receio das consequências dos desatinos cometidos e daí o MEDO surge como um monstro aterrorizador.


Alguns medos são normais no comportamento humano como por exemplo em relação ao desconhecido ou quando se tem um projeto, é normal o medo de não dar certo, do insucesso.  Em relação ao relacionamento afetivo também é normal o receio de ser rejeitado. Essas coisas são comuns em face da instabilidade da existência humana. Todavia o medo que rouba a alegria de viver, que atormenta gerando situações conflitivas no comportamento e sentimento humano é doentio.


Trata-se de distúrbio instalado e normalmente o medo como consequência da Culpa é anormal, absurdo, um transtorno de comportamento onde parece que o doente aceita naturalmente a ocorrência sem reunir forças o suficiente para modificar isso. Esse medo absurdo se transforma em

doença, patologia que desencadeia SÍNDROMES DO PÂNICO E DEPRESSÃO.

O indivíduo tende a ter comportamentos de isolamento social, fechando-se em si mesmo por uma timidez incontrolável e pensamentos pessimistas que no mais das vezes se transforma em raiva também.


Além da patologia psicológica e emocional, obviamente somatizados geram  sintomas físicos como ansiedade, sudorese, arritmia cardíaca. Além de todos esses sintomas, o medo inicial torna-se pavor que oprime terrivelmente e retira a lógica do indivíduo que não consegue mais racionalizar as situações gerando assim outros distúrbios de comportamento, quando na verdade, deveria ser racionalizado a fim de que a pessoa compreendesse a falta de lógica desses temores doentios.


Quando o distúrbio do Medo já se encontra instalado no indivíduo, qualquer situação pode disparar o medo infundado que tem origem na imaginação doentia e receosa e não tem bases e razões lógicas para ser cultivado e mantido.


Como abordado anteriormente no tópico Felicidade sem Culpa, é sabido que o medo tem duas causas, uma que se apóia na culpa de atos equivocados cometidos no passado e a outra na má educação ministrada à criança.


No primeiro caso, a culpa por erros cometidos em encarnações passadas, o medo instala-se no inconsciente profundo e  é gerado como consequência do receio de ser descoberto pelo erros cometidos e nesse caso deve-se incluir sutis obsessões consequentes dos atos equivocados cometidos e que ficaram sem regularização.


No segundo caso, o desrespeito à criança, os conflitos, agressões e brigas domésticas, narrativas apavorantes que apavoram as crianças desenvolvem medos que se avolumam na medida que a criança cresce emocional e mentalmente.


Por outro lado, as coisas que acontecem no mundo como cataclismos, violência urbana, terrorismo , injustiças sociais, descaso das autoridades do mundo com o povo, etc.,  produzem pavores inquietantes naqueles cujo medo já se encontra instalado patologicamente desde a infância.

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A mídia, que aliás pratica cada vez mais o desserviço e  que explora os acontecimentos infelizes  aumentando o drama das situações,  também colabora para o medo nas pessoas já doentes assim como desperta nos enfermos com tendência ao mal, à perversidade, a se verem motivados a cometer crimes similares aos que vêem nesses noticiários infelizes.

O indivíduo acometido pela patologia do medo deveria compreender que o que teme não acontecerá muito provavelmente e ainda que ocorra, nunca será com a intensidade em que imagina e teme.


Além do que, o medo não evita que se ocorram coisas desagradáveis, parece que o que mais se teme é atraído para a pessoa como se estivesse registrada em seu subconsciente, a necessidade de vivenciar aquela experiência desagradável a fim de amadurecer psicologicamente, parece que a atraí para si, por isso, mais um motivo para afastar de si esses temores infundados e doentios tentando racionalizar sempre esse tipo de sentimento não necessitando necessariamente sofrer para amadurecer.


A obsessão espiritual também se apresenta como um perigoso fenômeno invariavelmente ataca o doente do medo, através da indução telepática, faz com que sua vítima não aceite, não reúna forças e se ressinta de tudo que possa trabalhar a favor de sua cura e recuperação, em suma, o arrasta para baixo a fim de que não adquira saúde e equilíbrio, trata-se do inimigo invisível que faz com que o doente adquira atitude mais estranha e doentia ainda.




                                       DIVERSAS MANIFESTAÇÕES DO MEDO


                   MEDOS QUE IMPEDEM A FELICIDADE - TERAPIA LIBERTADORA



Em relação ao medo como consequência do processo de culpa, pode ocorrer a sensação de que algo iminente vá acontecer, algo terrível e sobrenatural. Isso é devido também à impressão do inconsciente de que se deve "pagar" pelos erros cometidos e também devido à incapacidade humana de controlar a tudo e a todos. Deve-se extrair uma lição desse sentimento a fim de extirpar esse negativismo que é aprender a lidar com a impermanência. O indivíduo deve entender que tudo pode ser mudado, sua segurança são suas crenças, o que vai dentro de si e que fora de si não poderá ter segurança em lugar algum.


Por essa razão o indivíduo deve compreender e analisar que transitando num corpo de constituição molecular que se altera a cada segundo, com mudanças contínuas, não há como adquirir-se estrutura de permanência, exceto quando o Self assume o comando consciente das funções orgânicas que lhe dizem respeito conduzir.


Fantasia-se a vida como uma viagem sem problemas e incidentes, o que não deixa de ser utópico e irreal. O próprio ato de viver no corpo é firmado em processos desafiadores do organismo. Faz parte da existência humana sofrer tropeços, decepções, insucesso que na verdade são instrumentos hábeis para alcançar-se as metas a que se propõem. As dificuldades se apresentam como valiosos recursos de aprendizagem e evolução.


O medo oculta-se na fantasia de tudo muito fácil, sem suores nem lágrimas, sem sofrimentos nem lutas, gerando incertezas em torno do ato de se existir.


Sabemos que existe automatismo fisiológico e psicológico em a natureza humana que independem da vontade da criatura, no entanto, uma vontade forte e bem direcionada pode gerar novos condicionamentos sobre os quais se podem estruturar hábitos de saúde e de bem-estar.


Já é reconhecido por diversos estudos científicos, inclusive pela física quântica, o poder que a mente exerce na vida de um indivíduo que a pode direcionar como bem entender através de sua força e vontade e sendo possível conseguir intentos extraordinários através da energia e força bem direcionadas.


Dessa forma podemos afirmar que o indivíduo é o arquiteto de seu próprio destino e consequentes bem-estar e felicidade, portanto percebemos assim, que toda forma de medo é injustificável, seja como for que se expresse.


Os medos de maneira perversa e traiçoeira, quando não combatidos  se acumulam e se tornam cada vez mais complexos e de difícil solução se não combatidos desde as primeiras manifestações. É necessário o combate ao medo o quanto antes seja possível porque chega o tempo em que a saúde, o tempo e as oportunidades já perdidas não permitem mais a realização dos projetos sonhados.


Outra causa muito importante que contribui sobremaneira para que o medo se instale em a psique humana é a falta de amor e de fé. O amor e a fé dão resistência moral para o enfrentamento dos fenômenos que fazem parte do processo de evolução e a falta deles desencoraja o indivíduo para lutar e reunir forças a fim de combater o mal.


A mente indisciplinada e invigilante que não cultiva hábitos de alto significado em torno de ideais de beleza, do conhecimento,da religião, da investigação científica, da solidariedade humana, tende a cultivar os medos que se lhe transformam em verdadeiras paisagem masoquistas. O indivíduo se larga numa apatia que deriva do medo de tentar ser feliz e bem sucedido deixando de realizar atos que  poderiam o  tornar feliz, perdendo excelentes oportunidades de dádivas e realizações,  pelo simples receito de tentar e falhar, daí sofre por antecipação e deixa de realizar planos pelo simples medo de fracassar e medo de coisas que jamais acontecerão e que ainda que se sucedessem, nunca seriam da forma trágica que sua mente doentia imaginou.


Existe em a natureza humana o medo predominante que traduz o aniquilamento da vida que é o medo da morte , em seguida apresentam-se inúmeros medos que assombram as consciências: perda de emprego, de objetos valiosos, de afeições, da confiança nos demais, de amar, do desconhecido, do escuro, de altura, de pessoas, de multidões, de animais e insetos que se apresentam como condutas fóbicas  e cultivados esses sentimentos, a existência torna-se um contínuo sofrimento, exatamente o que o indivíduo mais teme.


Principais medos que impedem a felicidade humana e terapia libertadora:


1-Medo da morte- Terapia: O ser humano deve meditar em torno do processo existencial e sua colocação no Universo, e compreender que, pelo fato de existir, a sua não pode ter sido a origem no acaso e a sua não é a finalidade de extinção. O ser Humano é destinado à imortalidade e a crença na continuidade da vida após a morte ajuda muito, mas é necessário não produzir a falsa idéia de que o plano espiritual seja um paraíso, que seja muito diferente da terra. Pensar na morte física como evento natural e real antes dela acontecer para si mesmo já que o ego exige imortalidade e isso resulta no temor da morte. Treinar o desapego e consciência da imortalidade fará com que o indivíduo encare a morte com naturalidade. O hábito de mergulhar no inconsciente prepara o indivíduo para a morte

física compreendendo que jamais será aniquilado pela mesma, sua consciência e razão e personalidade sempre existirão, eternamente;
2-Medo de ser punido- Terapia:Resulta da inferioridade espiritual do ser humano, dos erros e equívocos cometidos no passado. É necessário compreender que a reencarnação serve como uma escola para o aprendizado e evolução do ser. Deve-ser crer que Deus não deseja punir a ninguém e sim deseja que seus filhos aprendam com seus próprios erros. Aprendida a lição, não há necessidade de sofrimento. Essa crença alivia a tensão, o medo e a ansiedade de ser punido;
3-Medo de desagradar aos pais- Terapia: É necessário trabalhar o amadurecimento pessoal, se desligando emocionalmente da dependência dos pais tendo a certeza do que é melhor para si e se conscientizando das consequências disso. Dai isso pode ser sinônimo de competência pessoal e maturidade;
4- Medo da perda de algo- Terapia:Todo ser é independente dos objetos e das coisas. O indivíduo deve aprender a administrar as coisas sem deixar que o externo o consuma;
5-Medo da perda de alguém- Terapia: Decorre ainda da desarmonia resultante da desestruturação emocional. Deve-se compreender que somente se  perde o que realmente não se tem. Não existem afetos que se percam ou desapareçam, mas sim fenômenos de afetividade gerada por diversos motivos que se alteram, se afastam momentâneamente não merecendo portanto, maiores aflições. Ninguém deve viver em função de outrem, Deve-se viver experiências com as pessoas. A relação entres os seres deve servir para agregar valores;
6-Medo de ser descoberto- Terapia: O indivíduo deve se tornar seguro de ser seu próprio juiz, bem como dos atos que pratica. Não pode ser feliz quem se sente vigiado por outrem;
7-Medo de ser inferiorizado- Terapia: Esse medo é gerado pelo complexo de superioridade, onde o ser idealiza uma imagem de si mesmo melhor do que das demais criaturas, consiste no desejo de se superar sempre. Para a resolução disso é necessário entender que todos somos iguais perante Deus, independentemente da opinião e das ilusões das pessoas. O indivíduo deve procurar sempre ajudar os outros e não desejar ser superior aos outros pois na verdade ignora a complexidade dos outros seres ;
8-Medo de não atender expectativas- Terapia: Ser semelhante às demais pessoas ou ter atitudes semelhantes aos outros não traz a felicidade íntima, o indivíduo deve conhecer e atender suas aspirações íntimas e pessoais;
9-Medo de dirigir a própria vida- Terapia:O indivíduo necessita refletir sobre suas aspirações e objetivos de vida e fazer suas escolhas, gerir sua própria vida e assumir as consequências disso;
10-Medo do desconhecido, medo do futuro- Terapia: Apesar de que pessoa alguma tem segurança de nada sobre o futuro, o futuro é uma construção, tudo é uma probabilidade, de forma que cabe ao indivíduo plantar boas sementes a fim de colher bons frutos. Deve-se então tirar proveito dos acontecimentos que vierem a acontecer como aprendizado e procurar agir bem na certeza que o bem ocorrerá em sua vida;
11-Medo de espíritos- Terapia: Todos somos espíritos também, deve-se viver essa realidade de forma que a relação do encarnado com os espíritos deve ser de igual para igual;
12-Medo de se expor- Terapia: Esse é o medo dos tímidos e retraídos. Todo indivíduo tímido tem na realidade, complexo de superioridade porque se acha melhor do que os outros e não admite errar, aparecer como fracassado. Nesse caso, deve-se trabalhar a humildade, a empatia;
13-Medo de doenças graves- Terapia: As doenças graves são processos cármicos. Se a doença está no corpo pode ser porque o desequilíbrio esteja saindo e se resolvendo. De toda forma, deve-se sempre procurar se reequilibrar, trabalhar as reações diante do estresse, procurar lidar bem com  as angústias e problemas do cotidiano evitando que as más energias de maus sentimentos e pensamentos se transformem em enfermidades. No caso das doenças congênitas e incuráveis, a fé na bondade Divina é importante antídoto para a melhora física, emocional e na forma com se irá lidar com a doença,
14-Medo de Rejeição- Terapia: A possibilidade de ser rejeitado  faz parte do viver de qualquer  criatura humana tendo em vista que todos têm suas preferências e isso é natural. Desse modo, o indivíduo não deve ser dependente do amor de alguém, não se deve agir assim, toda criatura deve procurar ser independente e desenvolver a auto-estima, o auto-amor e também treinar o desenvolvimento da afetividade de uma maneira geral, por todas as criaturas.
15-Medo da velhice- A crença de que a velhice sucede a morte, retira a compreensão lógica de que ela se manifesta em qualquer idade, apresentando-se em todas as faixas etárias, não sendo privilégio apenas dos idosos. Todos nascem condenados à morte biológica, da mesma forma como foram estruturados organicamente. Aqui novamente a importância de se compreender que a velhice é apenas uma das etapas no contexto da vida que é eterna e como dizia Marco Túlio Cícero, o filósofo, escritor e orador latino, as vantagens da velhice, que não pode ser considerada como uma desventura, mas sim uma benção, pelo quanto permitiu ao ser superar paixões e conflitos existentes durante o percurso evolutivo. Ao mesmo tempo, ofereceu   muitos benefícios que decorrem da experiência dos anos e da conquista da sabedoria.

                                       TERAPIA LIBERADORA DO MEDO


Enquanto o medo não é transformado em transtorno patológico necessitando psicoterapia e medicamentos, muitos recursos encontram-se ao alcance de quem os deseje para libertar-se desse mal.


Um recurso terapêutico muito valioso para a erradicação do medo é ter a decisão e coragem de manter contato com os próprios medos pois graças aos medos aprende-se como fazer algo,  o porque e para que se deseja fazer algo.


É preciso conscientizar-se de que é portador do medo aliado à disposição firme de enfrentá-lo e eliminá-lo, bem como a confiança  e a fé de que se pode enfrentar o medo, abre espaço mental para se obter novas aspirações e incentivos e esse é o passo inicial. São necessários esforços contínuos e firmes para a libertação de qualquer conflito.


Superado um tipo de medo, o indivíduo necessita continuar nos esforços e vigilâncias para enfrentar possíveis outros medos que  obviamente virão, porém o sucesso já obtido lhe dará mais forças e incentivos de forma que mais fácil será enfrentar outros medos.


A grande terapia para todos os tipos de medo é a do amor. O amor a si mesmo, ao seu próximo e a Deus.


Em relação ao amor a si próprio, quando o indivíduo se equivoca, é necessário evitar a reação de raiva pelo erro cometido, é necessário se perdoar e entender que todos os seres estão no mundo em estágio de evolução e sujeitos a erros que fazem parte do programa de elevação individual.


Nunca o indivíduo deve desistir de uma tentativa tendo em vista um fracasso e o medo de fracassar novamente, reconhecidas as falhas e os motivos que levaram ao insucesso, deve-se tentar quantas vezes forem necessárias utilizando-se do aprendizado pelos erros cometidos e de todos os recursos possíveis para conseguir o intento até o sucesso.


É importante descobrir o que a vida espera do indivíduo, qual a utilidade da existência e a contribuição que se pode dar à vida e às demais pessoas.  Nesse raciocínio de doação expressa-se o amor ao próximo porque o interesse pelo bem-estar do próximo irradia bondade e ternura e nesse intercâmbio que une as criaturas umas às outras, leva-as  à afeição pela natureza e por todas as formas vivas, alcançando a excelência do amor a Deus, no esforço de preservação de tudo.

O amor é antídoto eficaz para a superação do medo, quando ama , o ser enriquece-se de coragem, embora não possa evitar os enfrentamentos em face dos impulsos edificantes que do amor emanam. O amor e o medo não podem conviver no mesmo espaço emocional, então cabe a cada indivíduo optar pelo medo ou pelo amor.


A Oração-terapia é outro recurso valioso a fim de eliminar os medos da vida de um ser, tendo em vista que alguns medos podem ser inspirados por adversários desencarnados, a oração gera no indivíduo em um clima psíquico elevado em uma faixa vibratória onde o espirito perseguidor não pode alcançá-lo. Outrossim, a oração coloca o indivíduo em contato com seus mentores espirituais e anjo de guarda estando mais receptivo à receber seus conselhos e intuições úteis e necessárias à terapia de libertação do medo, bem como o encorajamento, a calma e serenidade necessários para o enfrentamento das situações.


Na solidariedade estão igualmente os estímulos para o avanço, para a auto-estima, para o encorajamento em favor de novos tentames de progresso. A fraternidade em favor do semelhante é algo muito gratificante e alimenta o amor existente no ser desmascarando-se a artimanha do medo que o distanciava dessa emoção que traz felicidade e paz. Mantendo-se  o sentimento de amor no interior da alma, torna-se fácil converter desilusão em nova esperança e insucesso em experiência positiva.


Mediante também à compaixão, que é diluente do medo, o ser humano tem mais empatia com o próximo, torna-se mais digno, capaz e saudável.

Na terapia do amor em relação ao medo, quanto mais se ama, naturalmente mais amor se tem a oferecer. O amor é fonte inesgotável e quanto mais se dá mais se recebe.

Graças a esse sentimento que se expande, na medida em que se ama, o ser engrandece-se e enriquece-se de vida, envolvendo-se em paz.


Sempre que o medo permaneça, mais medo se acumula, portanto é necessário que seja combatido imediatamente lançando-se mão de todos esses recursos que estejam à disposição, e para isso basta querer e querer firmemente.


Como já referido acima, o indivíduo acometido de um medo absurdo, deve racionalizar buscando todos os recursos possíveis, aprendendo a meditar em torno das razões verdadeiras da existência, das verdades espirituais a fim de entender a falta de lógica desses temores doentios e que o seu temor jamais será concretizado e que ainda que fosse,  jamais seria da forma como tanto teme.

Deve buscar através das terapias aqui apontadas, da humildade em aceitar que ninguém tem o domínio da vida alheia bem como de todas as situações,  da oração constante, da ação fraterna, da reforma íntima e das boa ações que propiciam a consciência tranquila, a força e a calma para raciocinar frente aos temores que o atingem e afastá-los um a uma através do  raciocínio lógico, da vontade e da fé.


Com vontade firme, disciplina e fé em Deus sempre é possível a qualquer indivíduo, libertar-se de qualquer espécie de transtorno e desequilíbrio, bastando assim o desejar.


Sucesso, paz e luz a todos.