quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Ressonâncias do Natal


Na paisagem fria e sem melhor acolhimento, a única hospedaria à disposição era a gruta modesta onde se guardavam os animais.
Não havia outro lugar que O pudesse receber.

O mundo, repleto de problemas e de vidas inquietas, preocupava-se com os poderosos do momento e reservava distinções apenas para os que se refestelavam no luxo, bem como no prazer.

Aos simples e desataviados sempre se dedicavam a indiferença, o desrespeito, fechando-lhes as portas, dificultando-lhes os passos.

Mas hoje, tudo permanece quase que da mesma forma.

Não obstante, durante aquela noite de céu transparente e estrelado, entre os animais domésticos, em uma pequena baia, usada como berço acolhedor, nasceu Jesus, que transformou a estrebaria num cenário de luzes inapagáveis que prosseguem projetando claridade na noite demorada dos séculos, em quase dois mil anos...

Inaugurando a era da humildade e da renúncia, Jesus elegeu a simplicidade, a fim de ensinar engrandecimento íntimo como condição única para a felicidade real.

O Seu reino, que então se instalou naquela noite de harmonias cósmicas, permanece ensejando oportunidades de redenção a todos quantos se resolvam abrigar nas suas dependências.

E o Seu nascimento modesto continua produzindo ressonâncias históricas, antes jamais previstas.

Homens e mulheres, que tomaram contato com Sua notícia e mensagem, transformaram-se, mudando-se-lhes o roteiro de vida e o comportamento, convertendo-se, a partir de então, em luzeiros que apontam rumos felizes para a Humanidade.

*

Guerreiros triunfadores passaram pelo mundo desde aquela época, inumeráveis.

Governantes poderosos estabeleceram reinos e impérios, que pareciam preparados para a eternidade, e ruíram dolorosamente.

Artistas e técnicos, de rara beleza e profundo conhecimento, criaram formas e aparelhagens sofisticadas para tornarem a Terra melhor, e desapareceram.

Ditadores indomáveis e aristocratas incomuns surgiram no proscênio terrestre, envergando posição, orgulho e superioridade, que o túmulo silenciou.

...Estiveram, por algum tempo, deixando suas pegadas fortes, que tornaram alguns odiados, outros rechaçados e sob o desprezo das gerações posteriores.

Jesus, porém, foi diferente.

Incompreendido, o Cantor do Amor aceitou a cruz, para não anuir com o crime, e abraçou a morte para não se mancomunar com os mortos.

Por isso, ressurgiu, em triunfo e grandeza, permanecendo o Ser mais perfeito que jamais esteve na Terra, como modelo que Deus nos ofereceu para Guia.

*

Quando a Humanidade experimenta dores superlativas, quando a miséria sócio-econômica assassina milhões de vidas que estertoram ao abandono; quando enfermidades cruéis demonstram a fragilidade orgânica das criaturas; quando a violência enlouquece e mata; quando os tóxicos arruínam largas faixas da juventude mundial, ao lado de outros males que atestam a falência do materialismo, ressurge a figura impoluta de Jesus, convidando à reflexão, ao amor e à paz, enquanto as ressonâncias do Seu Natal falam em silêncio: Ele, que tem salvo vidas incontáveis, pede para que tentes fazer algo, amando e libertando do erro pelo menos uma pessoa.


Lembrando-te dEle, na noite de Natal, reparte bondade, insculpe-O no coração e na mente, a fim de que jamais te separes dEle.
Joanna D'Ângelis

Ante o Natal
Texto extraído do livro "Espírito e Vida" - Divaldo P. Franco pelo espírito Joanna de Ângelis
"625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?""Jesus". O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Considerando a alta significação do Natal em tua vida, podes ouvir e atender os apelos dos pequeninos esquecidos no grabato da orfandade ou relegados às palhas da miséria, em memória de Jesus quando menino; consegues compreender as dificuldades dos que caminham pela via da amargura, experimentando opróbrio e humilhação e dás-lhes a mão em gesto de solidariedade humana, recordando Jesus nos constantes testemunhos; abres os braços em socorro aos enfermos, estendendo-lhes o medicamento salutar ou o penso balsamizante, desejando diminuir a intensidade da dor, evocando Jesus entre os doentes que O buscavam, infelizes; ofereces entendimento aos que malograram moralmente e se escondem nos recantos do desprezo social, procurando-os para os levantar, reverenciando Jesus que jamais se furtou à misericórdia para os que os foram colhidos nas malhas da criminalidade, muitas vezes sob o jugo de obsessões cruéis; preparas a mesa, decoras o lar, inundas a família de alegrias e cercas os amigos de mimos ecarinho pensando em Jesus, o Excelente Amigo de todos...
Tudo isto é Natal sem dúvida, como mensagem festiva que derrama bênçãos de consolo e amparo, espalhando na Terra as promessas de um Mundo Melhor, nos padrões estabelecidos por Jesus através das linhas mestras do amor.
Há, todavia, muitos outros corações junto aos quais deverias celebrar o Natal, firmando novos propósitos em homenagem a Jesus.
Companheiros que te dilaceraram a honra e se afastaram; amigos que se voltaram contra a tua afeição e se fizeram adversários; conhecidos caprichosos que exigiram alto tributo de amizade e avinagraram tuas alegrias; irmãos na fé que mudaram o conceito a teu respeito e atiraram espinhos por onde segues; colaboradores do teu ideal, que sem motivo se levantaram contra teu devotamento, criando dissensão e rebeldia ao teu lado; inimigos de ontem que se demoram inimigos hoje; difamadores que sempre constituíram dura provação. Todos eles são oportunidade para a celebração do Natal pelo teu sentimento cristão e espírita.
Esquece os males que te fizeram e pede-lhes te perdoem as dificuldades que certamente também lhes impuseste.
Dirige-lhes um cartão colorido para esmaecer o negrume da aversão que os manteve em silêncio e à distância nos quais, talvez, inconscientemente te comprazes.
Provavelmente alguns até gostariam de reatar liames... Dá-lhes esta oportunidade por amor a Jesus, que a todo instante, embora conhecendo os inimigos os amou sem cansaço, oferecendo-lhes ensejos de recuperação.
O Natal é dádiva do Céu à Terra como ocasião de refazer e recomeçar.
Detém-te a contemplar as criaturas que passam apressadas. Se tiveres olhos de ver percebê-las-ás tristes, sucumbidas, como se carregassem pesados fardos, apesar de exibirem tecidos custosos e aparência cuidada. Explodem facilmente, transfigurando a face e deixando-se consumir pela cólera que as vence implacavelmente.
Todas desejam compreensão e amor, entendimento e perdão, sem coragem de ser quem compreenda ou ame, entenda ou perdoe.
Espalha uma nova claridade neste Natal, na senda por onde avanças na busca da Vida.
Engrandece-te nas pequenas doações, crescendo nos deveres que poucos se propõem executar. Desde que já podes dar os valores amoedados e as contribuições do entendimento moral, distribui, também, as jóias sublimes do perdão aos que te fizeram ou fazem sofrer.
Sentirás que Jesus, escolhendo um humílimo refúgio para viver entre os homens semeando alegrias incomparáveis, nasce, agora, no teu coração como a informar-te que todo dia é natal para quem o ama e deseja transformar-se em carta-viva para anunciá-lo às criaturas desatentas e sofredoras do mundo.
Somente assim ouvirás no imo d’alma e entenderás a saudação inesquecível dos anjos, na noite excelsa:
"Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade, para com os homens" - vivendo um perene natal de bênçãos por amor a Jesus.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

FILOSOFIA DA VIDA

       
                                             
                                                      
                       FILOSOFIA DA VIDA

"...Questionar é dar forma à pensamentos que ora estavam calados, a dormir, se omitir e recolher,
É botar fora sentimentos abafados que por alguma força permaneciam a se esconder,

Pensar a vida, situações e coisas é preciso, a fim de que a si próprio possa conhecer,
E por outro lado entender os fatos e pessoas, como se isso fosse possível ocorrer,

Não filosofar nos dá a impressão de que tudo conhecemos, de modo que nada nos resta a aprender, 
Mas na verdade só há uma coisa que sabemos, nada sabemos eis que o saber vem do próprio viver,

Pois se fomos criados almas itinerantes, nossa mente deve altos vôos percorrer, 
E se essa vida representa um instante, o conhecimento leva a eternidade para acontecer,

Viver sim, mas não no comodismo das certezas, sem questionar, perguntar e querer saber, 
Porque é exercitando a humildade da dúvida, que importantes verdades iremos estabelecer,

Deus não nos criou por capricho ou à toa, para aqui nos castigar abandonados a sofrer, 
Mas seu desejo de pai soberanamente justo, é que através de experiências possamos crescer,

Nós não renascemos ao mero acaso, pois se assim fosse não teria sentido viver, 
Possuímos determinado endereço de meta, que não devemos por descuido perder,

Se o ato de existir não é uma brincadeira do destino, de onde vim e o que devo fazer, 
Para que estou aqui e onde irei após a grande viagem, são importantes respostas que deveremos obter,

E a resposta está na própria consciência, e através de exame e reflexão compreender, 
Os fenômenos de causa,efeito e outros tantos, cabendo somente a cada um responder..."

Eliane
Texto intuído por um espírito amigo.
17/10/2015
"...Penso, logo existo..."
       René Descartes

sábado, 10 de outubro de 2015

O DESPERTAR

                                              
                           O DESPERTAR

No silêncio do inconsciente do teu ser, dorme teu passado remoto de outras eras, ainda a ti inerente e um tanto inconsequente, trata-se da Sombra que por ora não retrata o  teu verdadeiro proceder,

Mas no profundo de cada ser, ainda em estado latente, o germe da bondade e do bem querer está presente,  aguardando sem medo e pacientemente  que no futuro um dia, a tua luminosidade venha a prevalecer,


O Ego cruel e prepotente, que reflete a sociedade dura e ilusoriamente reluzente, exige que permaneça no teu inconsciente tais Sombras que são fiel retrato do teu ser,


Mas a Sombra que ora mora nas águas profundas do teu inconsciente, tudo que é reprimido tem que emergir de repente, para o raso do teu ser consciente, terá de revelar a ti o teu verdadeiro querer,


Mas foste criado para a luz e, pelo auto-reconhecimento, o Self que é teu Eu transparente, que abrange consciente e inconsciente, grandioso, fiel e onipotente vencerá o teu Ego insistente mas que no fundo, descontente parece ser, 


O acordar é tua meta, então vai meu irmão,  levanta e desperta, derrubando com coragem a máscara incerta e renasce da Sombra descoberta, que é certamente a tua verdade a vencer,


Do passado de tristezas , erros e dor, apara as tuas arestas, acertando mais e se refazendo  em grande festa,  de ânimo, energia e labor e marcha a distribuir nesta vida, fraternidade, bondade e amor. 


Eliane
texto intuido por um espírito amigo
07/10/2015



terça-feira, 6 de outubro de 2015

MENSAGEM MAIS ALÉM

                          


                               MENSAGEM MAIS ALÉM


Não basta que sua boca esteja perfumada. É imprescindível que permaneça incapaz de ferir.

É importante que suas mãos se mostrem limpas. É essencial, no entanto, verificar o que fazem.

Bons ouvidos são, certamente, um tesouro. A Justiça Divina, porém, desejará saber como você ouve.

Excelente visão é qualidade louvável, todavia é interessante notar como você está vendo a vida.

Possuir saúde física é retere valioso dom. Mas é necessário considerar o que faz você do corpo sadio.

Raciocínio claro é virtude. Entretando é imperioso observar em que zona mental está você raciocinando.

Bela imaginação é trazer consigo maravilhoso castelo. Convém reparar, porém, com que imagens você povoa o seu palácio interior.

Grande emotividade é característica de riqueza íntima. Contudo, é importante saber como gasta você as emoções.

Possibilidades de produzir intensamente são recursos preciosos, no entanto, é imprescindível conhecer a substância daquilo que você produz.

Capacidade de prosseguir, vida afora, lepidamente, é uma benção. Não se esqueça, todavia, da direção que seus pés vão tomando através dos caminhos.

André Luiz 




sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Mensagem psicografada de Eurípedes Barsanulfo

                       Mensagem psicografada de Eurípedes Barsanulfo sobre a psicosfera de crise brasileira e dos brasileiros e convite à reflexão e mudanças.

                                     
Amigos

A mensagem que a seguir transcrevemos é de Eurípedes Barsanulfo e foi pisicografada por Suely Caldas, o tema por ela tratado é de fundamental importância para nós e para nosso País. 

Pedimos que todos a leiam e reflitam sobre a seriedade de seu conteúdo.

Abraços fraternos

 
Mensagem de Eurípedes Barsanulfo, psicografada por Suely Caldas  Schubert

                 

"Irmãos queridos, 

Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma contra dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha. Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, vêem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados em seus anseios, esbarrando em barreiras intransponíveis.

É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através da esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.

Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! A fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável.

O desânimo e seus companheiros, o desalento, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta. Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral.

Que cada Centro, cada grupo, cada reunião prime por essa campanha. Que se esforcem por uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pela provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso.

São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor. Meus irmãos, o mundo não é uma nau à métrica. Nós sabemos que "Jesus está no leme!" e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver a nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil "é o Coração do Mundo", somente será a " Pátria do Evangelho " se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.

Eurípedes Barsanulfo"

Que a fé e a coragem não nos falte, porque são nas provações que somos testados e convidados a desenvolver as nossas potencialidades, crescendo, aprendendo e transformando tudo para melhor. São nos momentos de crises que temos as melhores oportunidades de aprender a amar e a sermos fraternos, então aprendamos, somos capazes porque  Deus não  quer  soframos e sim que aprendamos, foi assim que ele nos fez e é assim que Ele deseja, essa é a nossa destinação, o amor incondicional e a felicidade.
Paz e Luz a todos.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

SOLIDÃO

                                  



                                                          SOLIDÃO

Tendo em vista a necessidade de momentos de solidão ante o processo do auto-descobrimento individual e crescimento pessoal, reproduzimos aqui um texto do filósofo Arthur Schopenhauer que traduz uma interessante visão sobre o assunto.

Importante frisar que  esse texto do  citado filósofo somente vem acrescer,  bem como enriquecer nossas reflexões em torno  do assunto "alma humana"  e não retratar uma perfeita conexão ou identificação com a forma de pensar do mesmo.

  Quem não Ama a Solidão, não Ama a Liberdade

Nenhum caminho é mais errado para a felicidade do que a vida no grande mundo, às fartas e em festanças (high life), pois, quando tentamos transformar a nossa miserável existência numa sucessão de alegrias, gozos e prazeres, não conseguimos evitar a desilusão; muito menos o seu acompanhamento obrigatório, que são as mentiras recíprocas. 
Assim como o nosso corpo está envolto em vestes, o nosso espírito está revestido de mentiras. Os nossos dizeres, as nossas ações, todo o nosso ser é mentiroso, e só por meio desse invólucro pode-se, por vezes, adivinhar a nossa verdadeira mentalidade, assim como pelas vestes se adivinha a figura do corpo. 

Antes de mais nada, toda a sociedade exige necessariamente uma acomodação mútua e uma temperatura; por conseguinte, quanto mais numerosa, tanto mais enfadonha será. Cada um só pode ser ele mesmo, inteiramente, apenas pelo tempo em que estiver sozinho. Quem, portanto, não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre. 
A coerção é a companheira inseparável de toda a sociedade, que ainda exige sacrifícios tão mais difíceis quanto mais significativa for a própria individualidade. Dessa forma, cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exata do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é. 

Ademais, quanto mais elevada for a posição de uma pessoa na escala hierárquica da natureza, tanto mais solitária será, essencial e inevitavelmente. Assim, é um benefício para ela se à solidão física corresponder a intelectual. Caso contrário, a vizinhança frequente de seres heterogéneos causa um efeito incômodo e até mesmo adverso sobre ela, ao roubar-lhe seu «eu» sem nada lhe oferecer em troca. Além disso, enquanto a natureza estabeleceu entre os homens a mais ampla diversidade nos domínios moral e intelectual, a sociedade, não tomando conhecimento disso, iguala todos os seres ou, antes, coloca no lugar da diversidade as diferenças e degraus artificiais de classe e posição, com frequência diametralmente opostos à escala hierárquica da natureza. 
Nesse arranjo, aqueles que a natureza situou em baixo encontram-se em ótima situação; os poucos, entretanto, que ela colocou em cima, saem em desvantagem. Como consequência, estes costumam esquivar-se da sociedade, na qual, ao tornar-se numerosa, a vulgaridade domina. 

Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'

quarta-feira, 20 de maio de 2015

MEDO- CAUSA E CONSEQUÊNCIAS

                     

                     MEDO - CAUSA E CONSEQUÊNCIAS- TERAPIA LIBERTADORA

Em reflexão anterior, analisamos a Culpa e todo seu processo na psique humana. Nessa oportunidade iremos refletir sobre o Medo que é a consequência mais frequente e direta do sentimento de culpa, bem como sua causa, consequências e terapia para a libertação desse mal.


Por um estágio longo de vida, o ser humano não possue elevado nível de consciência cósmica,  visto ser portador de níveis de consciência primitivos que não lhe permitem o uso da razão durante a fase inicial de existência e primeiras reencarnações.  Dessa forma, muitos erros, equívocos, crimes e desatinos são cometidos por todo indivíduo sem exceção por fazer parte do ciclo evolutivo de toda criatura onde uns se demoram mais e outros menos dependendo da individualidade de cada ser.


A brutalidade e ignorância  que são as características do ser de consciência primitiva que não faz uso da razão e que tem pouca evolução moral e espiritual, não permitem distinguir os atos em sua clareza e totalidade, portanto a culpa ainda não está instalada no indivíduo, porém com o advento do uso da razão e necessidade de melhora moral e espiritual, os equívocos cometidos vão sendo detectados e o discernimento em face do despertar da consciência, ressurgem dos arquivos do inconsciente e aparecem na personalidade do indivíduo como imposição de reparo dos erros em forma de culpa.

Com o passar dos tempos, a necessidade de evolução que a todos atinge visto que para isso o ser humano foi criado por Deus, faz com que o indivíduo anseie por melhorar e pelo despertar da consciência e necessidade de aquisição da bondade e da paz, tendências já adormecidas no inconsciente humano. Dessa forma inicia-se o processo de instalação da culpa pelo cometimento de  erros bem como o receio das consequências dos desatinos cometidos e daí o MEDO surge como um monstro aterrorizador.


Alguns medos são normais no comportamento humano como por exemplo em relação ao desconhecido ou quando se tem um projeto, é normal o medo de não dar certo, do insucesso.  Em relação ao relacionamento afetivo também é normal o receio de ser rejeitado. Essas coisas são comuns em face da instabilidade da existência humana. Todavia o medo que rouba a alegria de viver, que atormenta gerando situações conflitivas no comportamento e sentimento humano é doentio.


Trata-se de distúrbio instalado e normalmente o medo como consequência da Culpa é anormal, absurdo, um transtorno de comportamento onde parece que o doente aceita naturalmente a ocorrência sem reunir forças o suficiente para modificar isso. Esse medo absurdo se transforma em

doença, patologia que desencadeia SÍNDROMES DO PÂNICO E DEPRESSÃO.

O indivíduo tende a ter comportamentos de isolamento social, fechando-se em si mesmo por uma timidez incontrolável e pensamentos pessimistas que no mais das vezes se transforma em raiva também.


Além da patologia psicológica e emocional, obviamente somatizados geram  sintomas físicos como ansiedade, sudorese, arritmia cardíaca. Além de todos esses sintomas, o medo inicial torna-se pavor que oprime terrivelmente e retira a lógica do indivíduo que não consegue mais racionalizar as situações gerando assim outros distúrbios de comportamento, quando na verdade, deveria ser racionalizado a fim de que a pessoa compreendesse a falta de lógica desses temores doentios.


Quando o distúrbio do Medo já se encontra instalado no indivíduo, qualquer situação pode disparar o medo infundado que tem origem na imaginação doentia e receosa e não tem bases e razões lógicas para ser cultivado e mantido.


Como abordado anteriormente no tópico Felicidade sem Culpa, é sabido que o medo tem duas causas, uma que se apóia na culpa de atos equivocados cometidos no passado e a outra na má educação ministrada à criança.


No primeiro caso, a culpa por erros cometidos em encarnações passadas, o medo instala-se no inconsciente profundo e  é gerado como consequência do receio de ser descoberto pelo erros cometidos e nesse caso deve-se incluir sutis obsessões consequentes dos atos equivocados cometidos e que ficaram sem regularização.


No segundo caso, o desrespeito à criança, os conflitos, agressões e brigas domésticas, narrativas apavorantes que apavoram as crianças desenvolvem medos que se avolumam na medida que a criança cresce emocional e mentalmente.


Por outro lado, as coisas que acontecem no mundo como cataclismos, violência urbana, terrorismo , injustiças sociais, descaso das autoridades do mundo com o povo, etc.,  produzem pavores inquietantes naqueles cujo medo já se encontra instalado patologicamente desde a infância.

´
A mídia, que aliás pratica cada vez mais o desserviço e  que explora os acontecimentos infelizes  aumentando o drama das situações,  também colabora para o medo nas pessoas já doentes assim como desperta nos enfermos com tendência ao mal, à perversidade, a se verem motivados a cometer crimes similares aos que vêem nesses noticiários infelizes.

O indivíduo acometido pela patologia do medo deveria compreender que o que teme não acontecerá muito provavelmente e ainda que ocorra, nunca será com a intensidade em que imagina e teme.


Além do que, o medo não evita que se ocorram coisas desagradáveis, parece que o que mais se teme é atraído para a pessoa como se estivesse registrada em seu subconsciente, a necessidade de vivenciar aquela experiência desagradável a fim de amadurecer psicologicamente, parece que a atraí para si, por isso, mais um motivo para afastar de si esses temores infundados e doentios tentando racionalizar sempre esse tipo de sentimento não necessitando necessariamente sofrer para amadurecer.


A obsessão espiritual também se apresenta como um perigoso fenômeno invariavelmente ataca o doente do medo, através da indução telepática, faz com que sua vítima não aceite, não reúna forças e se ressinta de tudo que possa trabalhar a favor de sua cura e recuperação, em suma, o arrasta para baixo a fim de que não adquira saúde e equilíbrio, trata-se do inimigo invisível que faz com que o doente adquira atitude mais estranha e doentia ainda.




                                       DIVERSAS MANIFESTAÇÕES DO MEDO


                   MEDOS QUE IMPEDEM A FELICIDADE - TERAPIA LIBERTADORA



Em relação ao medo como consequência do processo de culpa, pode ocorrer a sensação de que algo iminente vá acontecer, algo terrível e sobrenatural. Isso é devido também à impressão do inconsciente de que se deve "pagar" pelos erros cometidos e também devido à incapacidade humana de controlar a tudo e a todos. Deve-se extrair uma lição desse sentimento a fim de extirpar esse negativismo que é aprender a lidar com a impermanência. O indivíduo deve entender que tudo pode ser mudado, sua segurança são suas crenças, o que vai dentro de si e que fora de si não poderá ter segurança em lugar algum.


Por essa razão o indivíduo deve compreender e analisar que transitando num corpo de constituição molecular que se altera a cada segundo, com mudanças contínuas, não há como adquirir-se estrutura de permanência, exceto quando o Self assume o comando consciente das funções orgânicas que lhe dizem respeito conduzir.


Fantasia-se a vida como uma viagem sem problemas e incidentes, o que não deixa de ser utópico e irreal. O próprio ato de viver no corpo é firmado em processos desafiadores do organismo. Faz parte da existência humana sofrer tropeços, decepções, insucesso que na verdade são instrumentos hábeis para alcançar-se as metas a que se propõem. As dificuldades se apresentam como valiosos recursos de aprendizagem e evolução.


O medo oculta-se na fantasia de tudo muito fácil, sem suores nem lágrimas, sem sofrimentos nem lutas, gerando incertezas em torno do ato de se existir.


Sabemos que existe automatismo fisiológico e psicológico em a natureza humana que independem da vontade da criatura, no entanto, uma vontade forte e bem direcionada pode gerar novos condicionamentos sobre os quais se podem estruturar hábitos de saúde e de bem-estar.


Já é reconhecido por diversos estudos científicos, inclusive pela física quântica, o poder que a mente exerce na vida de um indivíduo que a pode direcionar como bem entender através de sua força e vontade e sendo possível conseguir intentos extraordinários através da energia e força bem direcionadas.


Dessa forma podemos afirmar que o indivíduo é o arquiteto de seu próprio destino e consequentes bem-estar e felicidade, portanto percebemos assim, que toda forma de medo é injustificável, seja como for que se expresse.


Os medos de maneira perversa e traiçoeira, quando não combatidos  se acumulam e se tornam cada vez mais complexos e de difícil solução se não combatidos desde as primeiras manifestações. É necessário o combate ao medo o quanto antes seja possível porque chega o tempo em que a saúde, o tempo e as oportunidades já perdidas não permitem mais a realização dos projetos sonhados.


Outra causa muito importante que contribui sobremaneira para que o medo se instale em a psique humana é a falta de amor e de fé. O amor e a fé dão resistência moral para o enfrentamento dos fenômenos que fazem parte do processo de evolução e a falta deles desencoraja o indivíduo para lutar e reunir forças a fim de combater o mal.


A mente indisciplinada e invigilante que não cultiva hábitos de alto significado em torno de ideais de beleza, do conhecimento,da religião, da investigação científica, da solidariedade humana, tende a cultivar os medos que se lhe transformam em verdadeiras paisagem masoquistas. O indivíduo se larga numa apatia que deriva do medo de tentar ser feliz e bem sucedido deixando de realizar atos que  poderiam o  tornar feliz, perdendo excelentes oportunidades de dádivas e realizações,  pelo simples receito de tentar e falhar, daí sofre por antecipação e deixa de realizar planos pelo simples medo de fracassar e medo de coisas que jamais acontecerão e que ainda que se sucedessem, nunca seriam da forma trágica que sua mente doentia imaginou.


Existe em a natureza humana o medo predominante que traduz o aniquilamento da vida que é o medo da morte , em seguida apresentam-se inúmeros medos que assombram as consciências: perda de emprego, de objetos valiosos, de afeições, da confiança nos demais, de amar, do desconhecido, do escuro, de altura, de pessoas, de multidões, de animais e insetos que se apresentam como condutas fóbicas  e cultivados esses sentimentos, a existência torna-se um contínuo sofrimento, exatamente o que o indivíduo mais teme.


Principais medos que impedem a felicidade humana e terapia libertadora:


1-Medo da morte- Terapia: O ser humano deve meditar em torno do processo existencial e sua colocação no Universo, e compreender que, pelo fato de existir, a sua não pode ter sido a origem no acaso e a sua não é a finalidade de extinção. O ser Humano é destinado à imortalidade e a crença na continuidade da vida após a morte ajuda muito, mas é necessário não produzir a falsa idéia de que o plano espiritual seja um paraíso, que seja muito diferente da terra. Pensar na morte física como evento natural e real antes dela acontecer para si mesmo já que o ego exige imortalidade e isso resulta no temor da morte. Treinar o desapego e consciência da imortalidade fará com que o indivíduo encare a morte com naturalidade. O hábito de mergulhar no inconsciente prepara o indivíduo para a morte

física compreendendo que jamais será aniquilado pela mesma, sua consciência e razão e personalidade sempre existirão, eternamente;
2-Medo de ser punido- Terapia:Resulta da inferioridade espiritual do ser humano, dos erros e equívocos cometidos no passado. É necessário compreender que a reencarnação serve como uma escola para o aprendizado e evolução do ser. Deve-ser crer que Deus não deseja punir a ninguém e sim deseja que seus filhos aprendam com seus próprios erros. Aprendida a lição, não há necessidade de sofrimento. Essa crença alivia a tensão, o medo e a ansiedade de ser punido;
3-Medo de desagradar aos pais- Terapia: É necessário trabalhar o amadurecimento pessoal, se desligando emocionalmente da dependência dos pais tendo a certeza do que é melhor para si e se conscientizando das consequências disso. Dai isso pode ser sinônimo de competência pessoal e maturidade;
4- Medo da perda de algo- Terapia:Todo ser é independente dos objetos e das coisas. O indivíduo deve aprender a administrar as coisas sem deixar que o externo o consuma;
5-Medo da perda de alguém- Terapia: Decorre ainda da desarmonia resultante da desestruturação emocional. Deve-se compreender que somente se  perde o que realmente não se tem. Não existem afetos que se percam ou desapareçam, mas sim fenômenos de afetividade gerada por diversos motivos que se alteram, se afastam momentâneamente não merecendo portanto, maiores aflições. Ninguém deve viver em função de outrem, Deve-se viver experiências com as pessoas. A relação entres os seres deve servir para agregar valores;
6-Medo de ser descoberto- Terapia: O indivíduo deve se tornar seguro de ser seu próprio juiz, bem como dos atos que pratica. Não pode ser feliz quem se sente vigiado por outrem;
7-Medo de ser inferiorizado- Terapia: Esse medo é gerado pelo complexo de superioridade, onde o ser idealiza uma imagem de si mesmo melhor do que das demais criaturas, consiste no desejo de se superar sempre. Para a resolução disso é necessário entender que todos somos iguais perante Deus, independentemente da opinião e das ilusões das pessoas. O indivíduo deve procurar sempre ajudar os outros e não desejar ser superior aos outros pois na verdade ignora a complexidade dos outros seres ;
8-Medo de não atender expectativas- Terapia: Ser semelhante às demais pessoas ou ter atitudes semelhantes aos outros não traz a felicidade íntima, o indivíduo deve conhecer e atender suas aspirações íntimas e pessoais;
9-Medo de dirigir a própria vida- Terapia:O indivíduo necessita refletir sobre suas aspirações e objetivos de vida e fazer suas escolhas, gerir sua própria vida e assumir as consequências disso;
10-Medo do desconhecido, medo do futuro- Terapia: Apesar de que pessoa alguma tem segurança de nada sobre o futuro, o futuro é uma construção, tudo é uma probabilidade, de forma que cabe ao indivíduo plantar boas sementes a fim de colher bons frutos. Deve-se então tirar proveito dos acontecimentos que vierem a acontecer como aprendizado e procurar agir bem na certeza que o bem ocorrerá em sua vida;
11-Medo de espíritos- Terapia: Todos somos espíritos também, deve-se viver essa realidade de forma que a relação do encarnado com os espíritos deve ser de igual para igual;
12-Medo de se expor- Terapia: Esse é o medo dos tímidos e retraídos. Todo indivíduo tímido tem na realidade, complexo de superioridade porque se acha melhor do que os outros e não admite errar, aparecer como fracassado. Nesse caso, deve-se trabalhar a humildade, a empatia;
13-Medo de doenças graves- Terapia: As doenças graves são processos cármicos. Se a doença está no corpo pode ser porque o desequilíbrio esteja saindo e se resolvendo. De toda forma, deve-se sempre procurar se reequilibrar, trabalhar as reações diante do estresse, procurar lidar bem com  as angústias e problemas do cotidiano evitando que as más energias de maus sentimentos e pensamentos se transformem em enfermidades. No caso das doenças congênitas e incuráveis, a fé na bondade Divina é importante antídoto para a melhora física, emocional e na forma com se irá lidar com a doença,
14-Medo de Rejeição- Terapia: A possibilidade de ser rejeitado  faz parte do viver de qualquer  criatura humana tendo em vista que todos têm suas preferências e isso é natural. Desse modo, o indivíduo não deve ser dependente do amor de alguém, não se deve agir assim, toda criatura deve procurar ser independente e desenvolver a auto-estima, o auto-amor e também treinar o desenvolvimento da afetividade de uma maneira geral, por todas as criaturas.
15-Medo da velhice- A crença de que a velhice sucede a morte, retira a compreensão lógica de que ela se manifesta em qualquer idade, apresentando-se em todas as faixas etárias, não sendo privilégio apenas dos idosos. Todos nascem condenados à morte biológica, da mesma forma como foram estruturados organicamente. Aqui novamente a importância de se compreender que a velhice é apenas uma das etapas no contexto da vida que é eterna e como dizia Marco Túlio Cícero, o filósofo, escritor e orador latino, as vantagens da velhice, que não pode ser considerada como uma desventura, mas sim uma benção, pelo quanto permitiu ao ser superar paixões e conflitos existentes durante o percurso evolutivo. Ao mesmo tempo, ofereceu   muitos benefícios que decorrem da experiência dos anos e da conquista da sabedoria.

                                       TERAPIA LIBERADORA DO MEDO


Enquanto o medo não é transformado em transtorno patológico necessitando psicoterapia e medicamentos, muitos recursos encontram-se ao alcance de quem os deseje para libertar-se desse mal.


Um recurso terapêutico muito valioso para a erradicação do medo é ter a decisão e coragem de manter contato com os próprios medos pois graças aos medos aprende-se como fazer algo,  o porque e para que se deseja fazer algo.


É preciso conscientizar-se de que é portador do medo aliado à disposição firme de enfrentá-lo e eliminá-lo, bem como a confiança  e a fé de que se pode enfrentar o medo, abre espaço mental para se obter novas aspirações e incentivos e esse é o passo inicial. São necessários esforços contínuos e firmes para a libertação de qualquer conflito.


Superado um tipo de medo, o indivíduo necessita continuar nos esforços e vigilâncias para enfrentar possíveis outros medos que  obviamente virão, porém o sucesso já obtido lhe dará mais forças e incentivos de forma que mais fácil será enfrentar outros medos.


A grande terapia para todos os tipos de medo é a do amor. O amor a si mesmo, ao seu próximo e a Deus.


Em relação ao amor a si próprio, quando o indivíduo se equivoca, é necessário evitar a reação de raiva pelo erro cometido, é necessário se perdoar e entender que todos os seres estão no mundo em estágio de evolução e sujeitos a erros que fazem parte do programa de elevação individual.


Nunca o indivíduo deve desistir de uma tentativa tendo em vista um fracasso e o medo de fracassar novamente, reconhecidas as falhas e os motivos que levaram ao insucesso, deve-se tentar quantas vezes forem necessárias utilizando-se do aprendizado pelos erros cometidos e de todos os recursos possíveis para conseguir o intento até o sucesso.


É importante descobrir o que a vida espera do indivíduo, qual a utilidade da existência e a contribuição que se pode dar à vida e às demais pessoas.  Nesse raciocínio de doação expressa-se o amor ao próximo porque o interesse pelo bem-estar do próximo irradia bondade e ternura e nesse intercâmbio que une as criaturas umas às outras, leva-as  à afeição pela natureza e por todas as formas vivas, alcançando a excelência do amor a Deus, no esforço de preservação de tudo.

O amor é antídoto eficaz para a superação do medo, quando ama , o ser enriquece-se de coragem, embora não possa evitar os enfrentamentos em face dos impulsos edificantes que do amor emanam. O amor e o medo não podem conviver no mesmo espaço emocional, então cabe a cada indivíduo optar pelo medo ou pelo amor.


A Oração-terapia é outro recurso valioso a fim de eliminar os medos da vida de um ser, tendo em vista que alguns medos podem ser inspirados por adversários desencarnados, a oração gera no indivíduo em um clima psíquico elevado em uma faixa vibratória onde o espirito perseguidor não pode alcançá-lo. Outrossim, a oração coloca o indivíduo em contato com seus mentores espirituais e anjo de guarda estando mais receptivo à receber seus conselhos e intuições úteis e necessárias à terapia de libertação do medo, bem como o encorajamento, a calma e serenidade necessários para o enfrentamento das situações.


Na solidariedade estão igualmente os estímulos para o avanço, para a auto-estima, para o encorajamento em favor de novos tentames de progresso. A fraternidade em favor do semelhante é algo muito gratificante e alimenta o amor existente no ser desmascarando-se a artimanha do medo que o distanciava dessa emoção que traz felicidade e paz. Mantendo-se  o sentimento de amor no interior da alma, torna-se fácil converter desilusão em nova esperança e insucesso em experiência positiva.


Mediante também à compaixão, que é diluente do medo, o ser humano tem mais empatia com o próximo, torna-se mais digno, capaz e saudável.

Na terapia do amor em relação ao medo, quanto mais se ama, naturalmente mais amor se tem a oferecer. O amor é fonte inesgotável e quanto mais se dá mais se recebe.

Graças a esse sentimento que se expande, na medida em que se ama, o ser engrandece-se e enriquece-se de vida, envolvendo-se em paz.


Sempre que o medo permaneça, mais medo se acumula, portanto é necessário que seja combatido imediatamente lançando-se mão de todos esses recursos que estejam à disposição, e para isso basta querer e querer firmemente.


Como já referido acima, o indivíduo acometido de um medo absurdo, deve racionalizar buscando todos os recursos possíveis, aprendendo a meditar em torno das razões verdadeiras da existência, das verdades espirituais a fim de entender a falta de lógica desses temores doentios e que o seu temor jamais será concretizado e que ainda que fosse,  jamais seria da forma como tanto teme.

Deve buscar através das terapias aqui apontadas, da humildade em aceitar que ninguém tem o domínio da vida alheia bem como de todas as situações,  da oração constante, da ação fraterna, da reforma íntima e das boa ações que propiciam a consciência tranquila, a força e a calma para raciocinar frente aos temores que o atingem e afastá-los um a uma através do  raciocínio lógico, da vontade e da fé.


Com vontade firme, disciplina e fé em Deus sempre é possível a qualquer indivíduo, libertar-se de qualquer espécie de transtorno e desequilíbrio, bastando assim o desejar.


Sucesso, paz e luz a todos.









quarta-feira, 15 de abril de 2015

FELICIDADE SEM CULPA

                                                         FELICIDADE SEM CULPA



                                                              CAUSAS DA CULPA

Nessa oportunidade iremos fazer uma análise sobre a CULPA e  suas consequências na vida, saúde e felicidade individual bem como sobre a terapia libertadora para esse conflito que assombra a vida de muitas pessoas.
  
Muitos indivíduos já conseguem entender que a felicidade real é conseguida através de um estado íntimo de paz que está ligado à liberdade somada à responsabilidade de assumir-se a própria vida e as atitudes e decisões que se toma. A realização da felicidade depende de como o indivíduo pensa e sente as coisas que o rodeiam.

Obviamente que um estado íntimo de paz não pode ser alcançado quando o indivíduo sente culpa, tendo em vista que a maioria das pessoas em dado momento da existência se sente culpado por algo que muitas vezes nem entende o motivo, é importante  questionar e entender a questão da culpa, sua origem, consequências e  libertação a fim de se obter a paz indispensável ao bem estar e felicidade.

A culpa pode ser resultado de duas causas psicológicas: uma que tem origem na infância em decorrência da má educação realizada por pais e educadores equivocados e a outra procede  do passado, da consciência que se sente responsável por males que haja praticado em relação a outrem. Grande parcela de pessoas reencarnam com culpa por causas, atitudes e comportamentos equivocados e anteriores à presente encarnação instalando no indivíduo conflitos e transtornos significativos.

No primeiro caso, em virtude de uma má educação, pode instalar-se o processo da culpa, principalmente quando o educador impede que a criança desenvolva sua própria identidade, obrigando-a a concordar com sua maneira de pensar . O que ocorre é que pais e educadores transmitem para as crianças as suas frustrações e inseguranças a fim de se realizarem a si mesmos em detrimento do que é melhor para a criança e  obrigando-a a agir conforme sua maneira de pensar não respeitando a individualidade e visão da existência humana em desenvolvimento e formação.

Dessa forma,  constrangida a mentir a fim de não ser punida,  a criança passa a agir pela aparência como forma de conveniência frustrando-se profundamente e perturbando seu caráter moral que perde as diretrizes de dignidade, os referenciais do que é certo ou errado.

Noutras circunstâncias os pais cumulam a criança de brinquedos e presentes, numa atitude igualmente infantil a fim de escaparem da responsabilidade de dar atenção aos filhos, não dispensando aos mesmo a atenção e diálogo indispensáveis para o crescimento saudável emocional e psicológico.

Porém ao invés da criança tornar-se independente como pretende os pais, ela se torna dependente e incapaz de dizer não e de ser coerente com o que realmente pensa, sente e deseja temendo a punição e repreensão. E daí a criança passa a negar-se e essa conduta leva invariavelmente a uma atitude de agressão ao tentar expressar pensamentos próprios e também à prepotência na maneira de traduzir um pensamento que é oposta àquilo que aprendeu.

A educação deve ser o contrário disso, a criança deve aprender a ser autêntica e a expressar seus pensamentos e sentimentos mesmo que isso traga algum ônus para a mesma.

Esse panorama  educativo equivocado causa na criança insegurança na forma de proceder por conta da tentativa de agradar aos outros e a si mesmo e assim, cada vez que o indivíduo necessita definir rumos de comportamento é desencadeado um processo de CULPA. A culpa pode se apresentar cada vez o que indivíduo tente viver a independência porque sentirá espécie de traição e desrespeito àqueles que o criaram e educaram.

No entanto esse comportamento denota imaturidade dos pais e  educadores que deveriam contribuir para a independência e felicidade dos educandos e filhos tornando-os autênticos, auto-suficientes  para poderem ser felizes.

 Além do que, no mais das vezes, esses mesmo pais e educadores que equivocadamente incutiram culpa nos educandos, ainda passam futuramente a cobrar considerações  e pagamentos pelo que fizeram aos filhos, dizendo-se abandonados e queixando-se de ingratidão quando seus filhos tentam seguir suas vidas conforme suas aspirações de felicidade e liberdade, continuando pela vida afora e até depois de sua morte a provocar sentimentos injustificáveis de culpa numa conduta manipuladora e imensamente infeliz.

No segundo caso, a culpa é resultado da raiva que alguém sente contra si mesmo, voltada para dentro, em forma de sensação de algo que foi feito erradamente.

A maioria dos indivíduos já renasce com o sentimento de que precisa sofrer a fim de se redimir de erros do passado, já que esse procedimento preexiste à vida física, entendendo-se que no mais das vezes esses sentimento não é consciente porque os registros das lembranças que provocam esses sentimentos se encontram instalados na área do inconsciente humano. Dessa forma o MEDO  se instala na psique humana em decorrência dessa carga de culpa e necessidade de sofrimento que supostamente purgariam e redimiriam a criatura desses equívocos de vidas passadas. Trata-se do conflito instalado.

Quando a ação negativa foi cometida, a falta de evolução pessoal e espiritual que consequentemente causam sentimentos negativos como raiva, vingança, etc, não permitiram a avaliação do erro cometido, porém com o decurso do tempo vem o remorso que gera a identificação do erro, mas não se fez acompanhar de coragem para a reparação do mesmo transferindo para os arquivos do Espírito o conflito em forma de CULPA.

Dessa forma, qualquer fator que cause a associação de idéias pode trazer à tona no indivíduo que se sente culpado, a lembrança inconsciente do delito cometido. Dai o indivíduo procura recurso na auto-punição como mecanismo libertador para a consciência responsável.  Apresenta-se como uma forte impregnação emocional em forma de lembranças inconscientes, nos sonhos, etc.


                             CONSEQUÊNCIAS DA CULPA NÃO RESOLVIDA
.
Achar que necessita sofrer para se redimir ou "pagar" os erros cometidos é extremamente prejudicial ao equilíbrio do ser que deve ao invés disso, assumir as consequências de seus atos e procurar corrigi-los o mais breve possível.

Esse sentimento  de culpa gera diversos tipos de distúrbios psicológico e doenças no mais das vezes de difícil solução como por exemplo o medo já citado, a depressão e a síndrome do pânico  e em casos mais graves pode conduzir a atos extremos de conduta equivocada como o homicídio e impulsos psicopatas como no caso dos criminosos seriais. A culpa é algoz persistente e perigoso e encontra sintonia com as paisagens mais escuras da personalidade humana  porque os conflitos  e mesquinhezas dos sentimentos nutrem-se da presença da culpa e por essas razões o indivíduo que se sente culpado merece orientação psicológica urgente.

Como diz Joanna de Ângelis:"... A culpa inibe e desarticula os mecanismos da fraternidade tornando o indivíduo arredio, triste, infeliz e desmotivado. A depressão acontece porque todas as ações do indivíduo são policiadas pelo MEDO de cometer novos desatinos...".



Esse quadro frequentemente conduz à criatura a uma peculiar situação de escape e fuga levando a pessoa a justificar indevidamente erros e equívocos afirmando que é NORMAL errar, como de fato o é mas não de forma que se perpetue os erros, inclusive prejudicando outras pessoas e  nunca fazendo a devida análise e enfrentamento a fim de corrigir seus atos equivocados.

A pessoa que sente culpa tem uma vida atormentada pela sua insegurança imensa e  tudo quanto lhe ocorre acredita ser punição e consequência dos atos errôneos cometidos mesmo as ocorrências corriqueiras, normais e banais da existência.

A raiva e o desejo de vingança são sentimentos também comuns desenvolvidos pela infância conflituosa quando ocorre algo ruim aos pais ou  à morte dos mesmos a culpa automaticamente já se instala como liberação do desgosto que sente, provocando dor e arrependimento no indivíduo que na verdade é um enfermo a descarregar um conflito através da culpa não resolvida.

Esses comportamentos doentios castra as iniciativas do indivíduo que dificilmente consegue concluir algo que inicia assim como perde a criatividade e vontade para as coisas e desencadeia outros processos autopunitivos que a pessoa não se dá conta. Também como forma de esconder o conflito, a pessoa desenvolve a autocomiseração, auto compaixão se achando o eterno "coitado" sempre desviando a causa de seus tormentos para as coisas e pessoas,  quando o correto seria a liberação do estado emocional através da racionalização e reconhecimento do problema e reparação dos erros.

Em casos extremamente graves, a culpa pode desencadear perturbações emocionais que induzem a comportamentos criminosos em face de repressões de agressividade, de sentimentos muito negativos que não foram enfrentados e que empurram para a traição e abismos mais sombrios da personalidade.

O indivíduo se sente desvalorizado e aflito com idéias pessimistas e ruins, nos criminosos seriais por exemplo, ocorre uma fragmentação da mente incapacitando o seu portador a uma avaliação em torno dos próprios atos anulando seus sentimento e sua lucidez. São indivíduos que de alguma forma bloquearam a culpa que sentem se satisfazendo com as armadilhas que preparam às suas vítimas.


                                              TERAPIA DE LIBERTAÇÃO DA CULPA




O arrependimento deve ser um fenômeno natural de avaliação das ações mas não se deve deixar tornar-se uma chaga a atormentar à vida, enchendo-a de mal-estar, medo e desconfianças. Reprimir a culpa ignorando-a é tão negativo quanto aceitá-la como ocorrência natural, sem discernir a gravidade das ações erradas praticadas. Natural é o arrependimento e não a culpa.

O arrependimento é uma culpa saudável e é necessário ser responsável pelos atos cometidos, porém ser responsável não significa ficar se martirizando  pelo que se fez de errado e sim corrigir os erros.

A responsabilidade é necessária porque se assim não fosse, não se teria ordem no mundo porque ninguém reconheceria nada de errado que fez e perderia-se o controle da situação e a sociedade e os relacionamentos humanos transformariam-se no caos.

Todos os indivíduos cometem erros, alguns de natureza grave, de modo que deve entender-se isso como um evento natural do desenvolvimento espiritual e psicológico humano, porém é realidade que todo indivíduo tem a necessidade  de evolução psicológica, espiritual, emocional e intelectual e para isso nasceu e adiar isso só traz sofrimento, perturbação e dor.

O antídoto mais eficaz para combater a culpa é o PERDÃO e  é necessário desenvolver a capacidade e coragem de pedir perdão bem como de perdoar a outrem que por sua vez exige também o desenvolvimento da HUMILDADE que constitui a terapia libertadora da culpa.

Desenvolvendo a humildade, o indivíduo pode e consegue se perdoar assim como perdoar a outrem obtendo a paz almejada e liberando-se da dor que a culpa causa, visto que a paz e a culpa não podem conviver juntas, uma elimina a outra.

Muitas vezes é necessário perdoar não só a vítima ou à comunidade como  a si mesmo. O auto-perdão é fundamental para não se instalar o processo de culpa, daí a necessidade de se distinguir bem o arrependimento e a culpa.

A maturidade emocional e reflexão leva à consciência do erro cometido e a necessidade de reparação é  necessária e indispensável recurso que deve ser feito o mais breve possível e que se realiza através do auxilio àquele a quem se ofendeu ou prejudicou.

No caso da culpa inconsciente que é aquela que provém de existências passadas e estão nos arquivos inconscientes da mente, elas podem ser reconhecidas através de certas angústias sentidas e não muito justificadas, inseguranças, medos injustificados e exagerados, insatisfação permanente e também o sentimento de não achar-se merecedor das coisas boas que possam suceder na vida, esses sentimentos identificam a culpa inconsciente. Alguns desses conflitos podem ser liberados também através de sonhos.

Nesses casos a reparação de erros não exatamente identificados mas sabendo que eles existem, o indivíduo deve agir de forma positiva em relação à vida, melhorando a qualidade de seus relacionamentos através do desenvolvimento do sentimento de fraternidade, solidariedade e compaixão com o semelhante e também do trabalho de edificação e crescimento moral e espiritual.

A criança não tem idéia da responsabilidade de deveres no entanto sabe o que é correto ou não praticar, não resistindo à pratica de ação errada vem a vergonha pelo que foi feito, causando fugas psicológicas que irão repercurtir na fase adulta então é comum também que o sentimento de vergonha se instale no período infantil.

Dessa forma a culpa é resultado do que foi feito de errado e a vergonha é o reconhecimento da irresponsabilidade, da ação negativa que foi praticada.

As pessoas sonham com o paraíso  de deleites e conquistas fáceis porém isso é impossível, a prudência recomenda não desejar isso porque essa atitude anula a capacidade de realização visto que a felicidade só pode ser alcançada através de esforço e trabalho, bem como da busca do auto-conhecimento.

O conhecimento de si mesmo é primordial para a libertação da culpa porque no mais das vezes , o indivíduo busca a causa dos problemas no exterior, fora de si mesmo, no destino, nas coisas e nas pessoas não entendendo e não aceitando que ele mesmo atrai os problemas de sua vida, já que o registro desses equívocos de épocas transatas não estão instaladas no consciente e sim nos arquivos de seu inconsciente.    

Tomamos por base aqui o estudo do espiritismo porque ele veio para tornar os indivíduos livres e para tirar aqueles limites impostos pelas religiões, pelos educadores e pela sociedade em geral.

A libertação bem como a realização da felicidade depende de como uma pessoa pensa e sente as coisas que a rodeiam.

Não é verdade  por outro lado, que uma pessoa nunca possa sentir raiva ou outros sentimentos semelhantes, o problema é a forma como reage diante desses sentimentos. Um bom exemplo são os conflitos domésticos, esse tipo de conflito deve ser resolvido pela empatia, apenas o uso da razão não pode resolver esse tipo de conflito.

É saudável que o indivíduo expresse seus sentimentos e emoções sem no entanto se permitir o descontrole emocional que leve à consequências mais graves.

Faz-se necessário que o indivíduo faça uma reforma íntima para  possa educar sua forma de reagir, tornando-se uma pessoa branda, controlada emocionalmente e independente em suas atitudes e reações, assim como trabalhar a fim de extirpar a culpa de sua vida tornando-se uma pessoa  mais feliz.

A saúde mental e comportamental impõe a liberação da culpa, é necessário que esses sentimentos venham à tona ainda que perturbadores e que se utilize do discernimento para avaliar sua conduta e a qualidade de suas ações bem como efetuar as reparações quando equivocadas e o prosseguimento delas quando acertadas conquistando-se o equilíbrio, a auto-segurança e a paz.

Toda pessoa deve pensar no Deus de amor e iniciar o processo de recuperação da consciência madura que levará à felicidade. Todos tem direito a uma nova chance diante de Deus que é pai e mãe, portanto sempre é possível reiniciar.

Aceitar os limites e a própria natureza e ir em busca da superação das dificuldades, essa é a meta.
É importante que cada indivíduo evoque seu eu espiritual que já passou por várias experiências e possue capacidade para superação e para tanto, basta que reúna forças e disposição para esse trabalho, antes de deixar-se consumir por incertezas e medos, deve trabalhar seu equilíbrio e busca da paz através da reflexão, estudo e oração, convertendo as incertezas e medos em auto confiança e harmonia pessoal.

Errar faz parte do aprendizado, ter vontade e mover forças para aprender e não errar mais é decisão individual. Procurar aprender é favorável e culpar-se é extremamente desfavorável.

Reconhecer os equívocos, mudar a energia de raiva dando outra finalidade para esse sentimento é essencial para o processo de libertação da culpa e do medo. Quando o indivíduo muda o sentimento negativo para sentimentos positivos de perdão, alegria e amor, passa a se sentir parte da Divindade porque Deus se expressa no ser humano quando o mesmo aprende a amar.

O indivíduo deve saber ter, possuir. Se já possue o necessário, deve saber lidar com o que tem gerando prosperidade individual e coletiva a fim de não sentir culpa por ser egoísta. Se não têm ainda o que deseja e necessita,  aprender a conquistar o que deseja a fim de de não se sentir incapaz.

É preciso aprender a ter calma, fazer silêncio mas o silêncio produtivo, isto é, aquele que vai permitir ao indivíduo pensar no conflitos, estabelecer metas e redirecionar a necessidade de expressão.

A felicidade é o resultado de certa satisfação material mais o equilíbrio emocional e mais o encontro com a espiritualização própria .

É preciso aprender a ouvir o coração, principalmente quando a razão está confusa.

A culpa resulta em depressão quando leva o indivíduo à alienação da realidade, a falta de vontade de fazer as coisas que normalmente faz. A pessoa fica alheia porque está vivendo em um tempo e espaço fora do contexto atual.  A solução para esse quadro depressivo seria se envolver e se implicar com a própria vida e nas coisas que a ela se relacionam.

Deve-se compreender também que a sensação de ser só na vida e incompreendido é natural. Essa experiência resulta da singularidade do ser, do fato de que ninguém é igual e que cada ser possue sua natureza própria.  É importante perceber a diferença entre a imagem que as pessoas passam e o que elas realmente são.

Não se deve criar expectativas sobre as pessoas porque isso trará decepção que também pode resultar em depressão e raiva. A raiva por sua vez também gera a culpa.

A desilusão e desencanto com as pessoas acontece por conta disso, da expectativa que se alimenta em relação aos outros. O fato de admirar o externo e não amar verdadeiramente.

Amor só acontece verdadeiramente com a convivência, ocorre que mentalmente o indivíduo faz exigências em relação ao comportamento dos outros e deseja que sempre ajam de acordo com o que conhece e espera das pessoas.

Deve-se compreender que todo ser humano deseja mostrar o melhor de si. Desiludir-se é necessário porque se iludiu na realidade, e a decepção é a visita da verdade, portanto tem um lado positivo. Para ser feliz é necessário superar o desencanto porque o amor deve existir de espírito para espírito de não de ego para ego. Deve-se tirar essa lição do desencanto e não sentir auto-piedade e raiva.

Ser agredido também comumente leva o indivíduo à magoa, tristeza, depressão. Imediatamente vem o desejo de revide e agressão tendo em vista o sentimento de que foi inferiorizado. A raiva é um instinto natural de defesa, porém deve ser canalizada a fim de não gerar sentimento de culpa por agredir a outrem.

É necessário aprender a reagir, não necessariamente calar-se pois isso causa mágoa, mas reagir com palavras e sentimentos bem direcionados. Reagir não porque se acha superior mas sim para não ser inferior, deve-se fazer o outro, o agressor  perceber algo de bom e  que deve respeita-lo porque é merecedor, é digno de respeito.


                PRINCIPAIS CULPAS QUE INTERFEREM NA FELICIDADE - TERAPIA LIBERTADORA

1-Cometimento de aborto ou intenção de fazê-lo - Terapia: Aprender a valorizar a vida e a família;
2-Traição Conjugal - Terapia: Trabalhar a afetividade, desenvolvê-la. Nesse contexto, o sexo serve para que o ser humano possa desenvolver a afetividade. Quem trai tem vida ambígua em relação a afetividade;
3-Desagrado aos pais - Terapia: A partir de determinada idade, o indivíduo deve se desligar psicologicamente dos pais para ser senhor de sua encarnação. Todo indivíduo tem o direito à escolhas;
4-Por haver sido ingrato - Terapia:Deve-se  trabalhar para gratificar as pessoas, se não há possibilidade de voltar ao passado e fazê-lo, deve-se gratificar outras pessoas;
5-Por ter ofendido a alguém - Terapia:Controlar a raiva;
6-Por ter perdido tempo na vida- Terapia: Recomeçar agora as coisas deixadas para trás ou iniciar de imediato as propostas e objetivos de vida;
7-Por haver cometido omissão - Terapia: Tentar resolver de imediato o que gerou bem como o que foi fruto da omissão;
8-Por não ter sido bons pais - Terapia:Tentar de imediato ser melhor pai ou mãe, adoção de filhos, etc.

Falamos acima que um dos motivos muito frequente  do sentimento de culpa encontra sua causa na psique por conta de equívocos cometidos em encarnações passadas, daí se instala a culpa pelo sentimento oculto de que é necessário se redimir e que se deve pagar pelo mal causado.
O  indivíduo não deve se  culpar nunca , porque isso não colabora para a solução dos problemas atuais e das questões do passado, porém deve sempre  assumir as consequências dos seus atos, porém sempre pensando no bem.
O universo conspira a favor de quem pensa no bem. As regras que o ser humano em geral tem seguido  não tem lhe proporcionado faz e felicidade. É preciso conhecer as "regras da vida" e como elas funcionam em cada caso em particular.
Ao invés de sentir culpa, o indivíduo deve se reconhecer ignorante que necessita aprender. A reencarnação não é para o espírito pagar por erros do passado e presente e sim para aprender com esses erros.
Nunca se deve imaginar uma punição, não se deve atrair dores e medos. E para isso, é muito importante o  reconhecimento de que Deus é pai e portanto deseja o bem e a felicidade de seus filhos, deseja que seus filhos aprendam e não que sofram.
Constantemente o indivíduo deve rever seus valores e crenças para que não se tornem suas algemas.
É importante em algum momento da vida que o indivíduo descubra e  conte para alguém o motivo de
sua culpa a fim de desabafar e mais facilmente conseguir resolver suas dificuldades através da empatia e ou terapia.

        Paz e Luz a todos.