quinta-feira, 18 de abril de 2013

A BUSCA DA FELICIDADE


                                                         A BUSCA DA FELICIDADE

Hoje quero conversar sobre o tema Felicidade que nos interessa a todos com certeza, porque faz parte de nossa busca diária, incessante e de uma vida toda, ou melhor, de todas as nossas vidas, uma vez que sabemos serem várias.

O Ser vive diária e intensamente buscando a Felicidade. Vive praticamente para essa finalidade. Em tudo o que fazemos ou tentamos realizar em nossas vidas, visamos sempre o prazer, a satisfação pessoal, a alegria de viver, que seria o sentido maior da existência humana .

No entendimento geral humano, as fontes principais dessa busca desenfreada pela satisfação, alegria, felicidade e prazer estaria no prestígio social, na realização profissional, na riqueza, na beleza e saúde física, no relacionamento afetivo e sexo satisfatório, na alimentação, na juventude, na família perfeita, etc.

É bem verdade que todas essas fontes de prazer quando bem utilizadas e alcançadas com equilíbrio, moderação e parcimônia, são boas e saudáveis  e não tendem a trazer-nos consequências ruins como arrependimentos, problemas de consciência ou desequilíbrios. 

Porém quando utilizadas em excesso, no apego exagerado ou na dependência, numa busca desenfreada pelo prazer onde não há limites para nada, onde parece que sempre falta algo a mais para a plena satisfação de todos os desejos e como se as situações e momentos de estresse e tristeza não fizessem parte da vida humana, dai, por mais que se possua, se alcance todos esses atributos, parece que eles satisfazem menos a cada conquista, levando o ser a buscar cada vez mais e mais uma satisfação sem nunca alcançá-la tornando-se um círculo vicioso. 

Essa busca incessante, desenfreada unida à não aceitação dos momentos e situações de estresse e tristeza que fazem parte de a natureza humana e do estágio do mundo em que vivemos, pode levar uma pessoa à queda no precipício dos vícios, das perturbações de toda ordem, moral, física, psíquica e espiritual, tornando uma pessoa que aos olhos alheios parece ter uma vida perfeita, em um ser extremamente insatisfeito, desequilibrado e infeliz pois que não tem mais onde buscar a felicidade.

É o que aconteceu a ainda acontece com muitas pessoas até famosas que bem conhecemos e sabemos que caíram nesse círculo vicioso da fama e dinheiro, prazeres sem limites e sem poderem jamais alcançar a felicidade plena e nem sequer sentir alegria com absolutamente nada, descambando na insatisfação, tristeza, depressão e até na morte e isso porque obviamente, não souberam lidar com as situações estressantes e tristes da vida que são normais em dado momento da existência, assim como não souberam como preencher o vazio existencial da alma.
  
A medicina, principalmente na área da psicologia e  psiquiatria, já reconhece que a possibilidade da felicidade e bem estar de uma pessoa não se encontra nas coisas externas que são efêmeras , passageiras e transitórias, essa possibilidade deve focar-se na realização do Eu, na satisfação em Si Próprio, naquilo que se é, nos próprios sentimentos e pensamentos. 

A perspectiva da felicidade que se alicerça na expectativa de que a atitude das pessoas e as situações devem corresponder àquilo que se espera e deseja, se frustra, como por exemplo o afeto que se devota a uma pessoa e pode ser frustrado, tendo em vista que todas as pessoas tem suas limitações e instabilidades, e nem sempre irão corresponder àquilo que se espera delas, inclusive à reciprocidade afetiva.

Não se deve criar expectativas em relação às pessoas e situações porque isso leva à frustração e acabamos por cobrar as coisas dos outros. Devemos por outro lado desejar algo, torcer para que aconteça o que desejamos, mas nunca ter expectativas.

Realmente  acreditamos que a maior fonte de alegria do ser humano esteja na área do amor, mas não somente do amor enquanto relacionamento afetivo romântico, mas do amor Universal, pelos amigos, pelos inimigos através do perdão, pelos familiares, pelos animais, pela natureza, e sobretudo no auto-amor que seria a causa primeira  do bem estar, tendo em vista que sem amor próprio e auto-estima não podemos amar a outrem.

Focar a Felicidade no ato de saber lidar com as situações difíceis da vida e na fonte legítima  da Felicidade que é o Amor e a Solidariedade, com certeza irá abrir espaço para que as demais coisas boas venham como consequência disso. 

À questão do Amor universal, não se trata de tema exclusivamente religioso, tendo em vista que muitas pessoas que nem são adeptas de religião alguma,  já devem ter experimentado a alegria e o grande prazer em ouvir alguém dizer que é feliz por ter sua amizade, ou um carinhoso muito obrigado por você existir, ou ainda um abraço caloroso, um beijo sincero de afetividade verdadeira, ou ainda sentir que sua conversa causa aconchego, prazer ou consolo a outrem, ou sentido uma profunda alegria por ajudar uma pessoa, podendo fazer algo útil. 

Nesses momentos nos sentimos pessoas realizadas, felizes e completas. Nos momentos em que deixamos revelar nossos sentimentos mais nobres e sinceros não necessitamos de subterfúgios, fugas ou artifícios que nos tragam satisfação e alegria de viver.

 Não criar expectativa acerca de nada e de ninguém, naturalmente ter um ideal de vida que satisfaça nosso Eu interior e que nos traga alegria em existir, uma vez que não se pode viver sem um ideal na vida, aliado à qualidade do pensamento que deve sempre ser otimista, altruísta, esperançoso e benevolente, isso tudo é que nos promove uma existência de equilíbrio, paz  e felicidade. 

Certamente isso tudo não se trata de uma receita para alcançar a Felicidade, tendo em vista as diferenças e peculiaridades que trazemos em nossa personalidade, mas podem ser  dicas para o caminho em busca  do bem-estar e equilíbrio que todos nós desejamos em nossas vidas.

Que possamos ter paz, luz e equilíbrio em nossas buscas. Tenham uma vida feliz.
Eliane

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