terça-feira, 25 de janeiro de 2022

VAZIO EXISTENCIAL.





                                                            VAZIO EXISTENCIAL


O vazio nos reporta a idéia de falta de sentido, de meta ou objetivo de vida.

Creio que existam bem poucas pessoas no mundo que nunca tenham se questionado acerca do sentido existencial, que não tenham nunca sentido uma espécie de insatisfação, tédio ou vazio.

Parece que sempre falta algo, por mais que tenhamos a vida bem sucedida e com realizações importantes, ainda que tenhamos alcançado todos, ou a maioria dos sonhos e projetos idealizados no passado, ainda assim um certo vazio e insatisfação de quando em vez nos visita.

E mesmo as pessoas ditas super bem sucedidas, os famosos, ricos, populares, lindos, bem relacionados sentem o vazio existencial, a ponto de muitos se entregarem aos vícios, estados depressivos e até ao suicídio.

O vazio existencial virou uma síndrome que atinge a milhares de pessoas, levando a consequências gravíssimas.

E porque será que cada vez mais pessoas se encontram insatisfeitas e entediadas?

A resposta é simples e objetiva, embora não agradável.
Isso está acontecendo devido ao baixo nível evolutivo que ainda estamos estacionados, e que nos impede de viver em plenitude.

Os ideais que suprem a alma, vão muito além das conquistas materiais, do culto ao corpo tão valorizado atualmente na sociedade, da popularidade, dos prazeres e dos divertimentos e das banalidades tão buscados pela maioria da Humanidade.

E isso porque todas essas coisas são rasas, não trazem emoções verdadeiras.

As condições da modernidade, do avanço da tecnologia, à parte dos benefícios inúmeros que nos traz, tem o lado negativo de promover, uma certa liberdade moral, incentivando as pessoas a estarem cada vez mais interessadas nas sensações fortes, nos prazeres ilimitados, numa espécie de preguiça moral e emocional em se aprofundar em melhores valores, mais éticos e morais, na AFETIVIDADE VERDADEIRA.

O vazio toma conta do Ser quando todo o prazer alcançado torna-se insuficiente, assim como a droga, que quanto mais é utilizada, mais é preciso aumentar a dose, porque a mesma dose não satisfaz mais, até quando o viciado chega ao limite, daí vem a insatisfação, a depressão, o desespero e a morte com frequência.

Mas dizem os estudiosos do comportamos Humano, que na verdade, a arrogância em querer ser o melhor em tudo, em chamar mais atenção, esconde a necessidade principal, que é de aceitação, pertencimento e valorização, que nada mais é que a necessidade de de ser AMADO.

Todos somos assim, todos temos necessidade de valorização em relação à todos os nossos relacionamentos, no grupo familiar, de amigos, trabalho e assim por diante.

Porque somos Seres Gregários e necessitamos do outro tanto em relação a área emocional e afetiva, como para equilíbrio social, econômico, moral e ético. Então nós nascemos para a convivência, e ela é imprescindível.

Deus nos criou assim, assim nós somos.

Todos Nós, sem exceção, necessitamos ser considerados, buscados, gostados e respeitados.

E essas necessidades estão co-relacionadas, dizem respeito aos relacionamentos humanos.

Esse desejo é inato no Ser Humano,
Mas antes de sermos valorizados precisamos aprender a valorizar, a buscar, gostar e respeitar os outros.

O EGOÍSMO é a causa frequente de insucesso nas relações, O EGOÍSMO de querer ser amado sem amar, de querer receber sem doar-se.

Então, embora muitos de nós ignoremos, Todos Nós, Seres Humanos, nascemos com duas necessidades básicas e muito importantes:
Primeira, ser útil ao todo, à coletividade, porque somos Seres Coletivos e segunda, Amar e ser amados.

Ainda que não percebamos isso, está lá, dentro de nós, impresso em nossa Alma e necessitamos desenvolver capacidade para preencher essas necessidades.

Joanna De Ângelis diz na obra " Vidas Vazias, Introdução":
" A vida humana tem o sublime objetivo de amar, que se aprende através de cuidadoso treinamento desde os primeiros dias no corpo."

E continua no Cap. 1, pág. 19:

"... Tudo isso como decorrência do vazio existencial que se apodera do indivíduo, porque não encontra apoio no sentimento de amor que vem desaparecendo a pouco e pouco do seu desenvolvimento moral."

Então a mentora assevera com clareza sobre o objetivo da existência, a maior necessidade Humana que é a afetividade verdadeira.

Fugir disso leva a falta de sentido em viver, mas existe uma resistência muito grande em a humanidade em aceitar que o objetivo existencial está totalmente ligado aos relacionamentos, em como lidamos emocional, afetiva e comportamentalmente com nosso semelhante.

Então o grande engano da maioria das pessoas é achar que serão amadas e idolatradas e valorizadas, mesmo sendo egoístas e não se doando nas relações.
Isso é impossível, amor é ressonância, é reciprocidade.

O estabelecimento de bons relacionamentos está totalmente ligado à elevação moral, porque só consegue viver bons relacionamentos quem aprende a doação, que é totalmente contrária ao egoísmo.

É preciso que entendamos que pensamentos rasos, a falta de afetos verdadeiros, a falta de ideais fraternos e da vontade de servir, do interesse pelo pelo TODO, causam o vazio existencial.

Sem o apoio do sentimento do Amor, vem pensamentos rasos, sem utilidade alguma, vem a acomodação, uma espécie de preguiça mórbida, causando o vazio de apenas querer sensações fortes, prazeres exagerados e ou extravagantes e sem responsabilidade com nada e ninguém e consequentemente a falta de auto-realização.

A falta da auto-realização por sua vez, leva a excessos e patologias diversas, a fuga pelos vícios, álcool, drogas, excesso na alimentação, violência, sexo desvairado e finalmente, suicídios pelas obsessões e por falta de sentido existencial.

Então em Suma, não adianta querer saber o sentido da vida e não aceitar a resposta.
E a resposta é que nós Viemos ao mundo para o aprendizado da afetividade verdadeira e para ajudar a evolução do Planeta e de seus habitantes.

Se temos a resposta, não adianta mais fugir disso, dessa missão, continuando alimentando interesses rasos e pensamentos frívolos e egoístas.
Será preciso chegar ao fundo do poço do sofrimento e do vazio para mudar?

O fato é que precisamos receber afeto, mas não sabemos amar, muitos pensam que sabem amar mas não sabem.

Os relacionamentos humanos, no mais das vezes e com raras exceções, são superficiais e baseados no egoísmo e em interesses mesquinhos, os mais diversos.

Por isso as relações não se sustentam, não existe profundidade e sinceros sentimentos.

Olha, pode ser chato falar e ouvir isso, mas a maioria dos relacionamentos são calculados para ver quais as vantagens e desvantagens que eles apresentam.
A maioria das pessoas costumam manter relações, enquanto acham que a pessoa tem alguma utilidade que valha a pena, na verdade busca-se sempre a vantagem, a novidade.

E isso nos mais diversos tipos de relacionamentos.

Quantas pessoas procuram os amigos apenas quando estão sós? mas logo que não precisam mais, que arrumam um relacionamento ou outros interesses se afastam dos amigos, sabemos que esse comportamento é muito comum.

Quantos de nós sabem se doar nas relações? Quantos tratam o companheiro como aquela pessoa que deverá suprir as suas necessidades, carências e buracos existenciais, e projetam na pessoa seus ideais e suas "coisas", mas quando a pessoa se apresenta diferente daquilo que esperava dela, quando ela discorda ou não se mostra totalmente disponível na hora que bem se deseja, daí vêm as
brigas, agressões e o descarte porque a pessoa não tem mais utilidade que se esperava dela.

Muitos Gostam muito de conviver com a família enquanto é agradável e divertido, enquanto os pais ou parentes ajudam e suprir suas necessidades e carências, enquanto ajudam financeiramente ou na criação dos filhos, mas quando ficam velhos, são deixados de lado porque dão muito trabalho, são chatos e ranzinzas e não têm mais utilidade.

Vamos trazer isso para nossa realidade. Quantas vezes nos predispomos a dar atenção e valor as pessoas?
Somente quando nos sobra tempo ou não temos mais nada a fazer? Somente quando nos é conveniente?

E quando nos colocamos no lugar do outro para sentir a dor, dificuldade ou solidão que ele sente?

Não sejamos hipócritas, não sabemos Amar.

Nunca se abandona a quem se ama, mesmo quando não se precisa mais dela, nem que a pessoa não satisfaça todos os interesses e vontades, muitas vezes mesquinhos e egoístas.
Nem pela distância, nem tempo, nem nada. Quando se Gosta, dá-se um jeito para estar perto.

O Mundo está em plena decadência pelo baixo nível evolutivo e moral da Humanidade.

Pela falta de afetividade verdadeira de seus habitantes que são tomados pelo egoísmo. 

O egoísmo é a marca desse Mundo e por isso estamos como estamos, em decadência moral e social, e por isso a maioria das pessoas sentem o vazio existencial.

Não adianta nenhuma conquista por maior que seja, nem dinheiro, nem beleza física, nem popularidade, nem juventude. Nada tornará plena e feliz uma pessoa que não tem moral suficiente que a faça saber amar.

SOLUÇÃO

Então o que fazer diante desse quadro de falta de sentido em viver?

Para vencer o sentimento de inutilidade e vazio, é preciso a urgente mudança de conduta no sentido de diluir, exterminar o anestésico mental e psíquico, a preguiça mórbida que nos domina, e passar a preencher a mente com reflexões profundas em torno da própria existência.

É preciso trocar os interesses rasos, mesquinhos e egoístas pelo sentimento de solidariedade e afeto verdadeiros.

É preciso compreender que o sentido da vida não são os divertimentos e prazeres exagerados.
Os divertimento são permitidos e bons dentro de um limite.
 Então é  preciso trocar os interesses rasos, mesquinhos e egoístas,  pelo sentimento de solidariedade e buscar  desenvolver relacionamentos SAUDÁVEIS E AMOROSOS, baseados no AUXÍLIO RECÍPROCO. Isso é urgente em nossas vidas.

E relacionamentos  amorosos só  são  possíveis  quando  se consegue   respeitar a individualidade das pessoas, independente de concordarem ou não conosco, de estarem certas ou erradas, não nos cabe julgar a ninguém.

É preciso aprender a valorizar as pessoas pelos que ela são, o que elas têm de bom, não pela utilidade que elas têm.

É preciso combater o egoísmo de querer tudo para si, ignorando as necessidades alheias, então é preciso fazer ao outro aquilo que desejamos que a nós seja feito.

Assim , o Amor ao próximo, seguido do Auto-amor, é a cura para qualquer vida vazia.

É preciso desenvolver o auto-amor, que é muito diferente do egoísmo. O egoísta quer tudo para si, quem se ama quer ser saudável para não jogar suas doenças emocionais para os outros, e se cuida, buscando resolver seus conflitos, carências e mazelas emocionais, não colocando as próprias expectativas de felicidade nas mãos dos outros

É preciso auto-amar-se para poder amar aos outros. É preciso respeitar-se para respeitar os outros.

O correto é buscar combater as próprias falhas e fazer aflorar as qualidades, para partir inteiro para as relações a fim de não sugar as pessoas.

É preciso contrabalançar, aprendendo a nos relacionar melhor tanto conosco mesmos como com o semelhante, ou seja, nem sermos dependentes emocionais e nem buscarmos o distanciamento patológico.

Joanna De Ângelis diz ainda que devemos todos sair em busca da Paz, através da prática do bem e da fraternidade, e também do conhecimento e vivência da imortalidade da alma.

Porque a certeza na imortalidade da alma nos tira a necessidade de urgência, nos tira o medo de morrer e de perder as coisas e de tudo acabar. Isso traz paz a alma.

Crer na imortalidade da alma é ter a certeza de que todo bem realizado será moeda que levaremos para sempre, nos impulsionando à comportamentos melhores.

Somente o comportamento voltado às melhores escolhas, às atitudes de piedade, compaixão e bondade e mais a certeza na vida Eterna produz a paz.

A paz traz a serenidade que acalma as ansiedades dos desejos, que resulta na capacidade do amor e da caridade.

Nos parece difícil alcançar esse estado de paz e plenitude?

Lembremos que Jesus nos disse que somente Ele poderia nos dar a verdadeira paz.

Então, diante de situação desafiadora, o melhor é perguntar a si mesmo como agiria Jesus diante de tal situação.

Jesus, o médico dos médicos, o terapeuta por excelência nos disse: amai-vos uns aos outros como eu vos amei . E como é esse amor de Jesus?

É O amor da doação e não do Egoísmo. É o amor da aceitação, do perdão, da admiração e respeito por todos, com seus defeitos e qualidades.
É o Amor da essência e não da aparência.

Esse é o principal requisito para se amar verdadeiramente. O RESPEITO À INDIVIDUALIDADE.

Pode-se desejar a melhora de pessoa, ter o interesse de vê-la progredir, mas ajudando-a em seu progresso e crescimento e não a criticando. Mantendo o afeto do jeito que a pessoa é e jamais a abandonando.

Vamos fazer diferente, vamos substituir  o nosso individualismo pela fraternidade,  nos interessando  mais pelo todo.

Vamos buscar substituir as Coisas sem sentido, rasas, superficiais e as ambições pelos valores legítimos da emoção verdadeira.

Vamos Elevar o pensamento para coisas nobres, ao invés de continuar compartilhando notícias fúteis e terríveis que teimam em se multiplicar pela televisão e mídias sociais.

Vamos Vibrar na mais alta energia possível, a energia da gratidão, da compaixão, da generosidade, da benevolência e do compartilhamento mútuo das idéias construtivas.

Devemos Evitar julgamentos alheios, pois não sabemos realmente o que cada um veio passar nesta vida.

Vamos fazer diferente, buscando encontrar coisas boas nas pessoas e nas situações, elas existem, mas estão sendo esquecidas.

Vamos Parar de reclamar e começar a agradecer, a gratidão é a energia que moldará o novo mundo.

Quando um pensamento ruim vier, compreenda-o e imediatamente neutralize com outro superior e positivo. Se for algum problema a resolver, busquemos imediatamente a melhor solução sem dramas e com foco.

E vamos buscar usar a prece e a meditação como auxiliares nesse processo de mudança, nossos anjos e benfeitores nos ajudarão quando nos predispormos a reais mudanças.

E será o interesse pelo próximo que nos ajudará a atingir o estado numinoso que nos esclarece Carl Jung e Joanna De Ângelis, que é o estado de plenitude e felicidade compatível com um estado de paz, vencendo a inferioridade moral e espiritual e o vazio existencial.

O próprio Evangelho diz que para se viver em contato com Deus e benfeitores espirituais, não é preciso envergar o cilício e se cobrir de cinzas, ou seja, não é preciso grandes sacrifícios.
Podemos ser felizes segundo as nossas necessidades Humanas, mas que nossos pensamentos e atos não firam a ninguém, ao contrário disso, que sejam pensamentos e atos voltados ao positivismo e valorização da vida e de nosso semelhante. 

Um comentário:

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